As cores da minha Alma
Não quero que a minha alma me dê adeus
Enquanto eu estiver dormindo.
Não quero que o meu coração pare de
bater quando
Você estiver ausente.
Não quero perecer sem as estrelas,
não
Acompanhar As cores do meu corpo
Que se ausenta, mergulhando na
Escuridão da tumba que serei
enclausurado,
Em busca das promessas Divinas,
De um dia acordar.
Não quero perecer dormindo, sem antes
Ver os seus olhos fitando os meus,
Num Adeus final.
Quero perecer entre madrugadas
insones
Entrelaçando as suas mãos em forma de
Oração matinal.
Quero perecer antes das suas lágrimas
que
Não deverão molhar o seu rosto por
mim.
Que venha o Réquiem dos Arcanjos e
aquela música
Que me acalentou nos cabarés, antes
De o garçom servir as últimas doses
que
Beberei ouvindo os sinos dobrarem!
Por quem?
Ah, insensatez
Ah, insensatez que afloram na minha pele,
Quando tenho medo de te amar.
Ah, insensatez que nasce nos meus
olhos,
Quando já não sou ouro ou madeira,
pérola de ostras talvez,
Não valiosa quanto às íris dos seus
olhos, porque eu não sei.
Ah, insensatez que não me alimenta
das sensações,
Nas correntezas cardíacas, similares
que pulsam no meu
Peito nu.
Ah, insensatez das promessas que fiz
recíprocas talvez.
Ah, insensatez que brotam como beijos
roubados,
Batalhas vencidas e amores insensatos
que ainda me deixa
Sonhar com o Eu te Amo.
Ah, insensata cheia de memórias que atravessa-me
Nas escuridões, nos breus, ou no
sangue coagulado
que escorre em minhas veias, não como
prantos, mas como
imberbes promessas, que mata a
insensatez que mora em mim.
Insensatez! Ah, loucuras que agora
devoro, entre as distâncias
e os acalantos que cantastes pra mim.
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