alhos & bugalhos
Frase do Dia
Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião.
Últimos ajustes para as comemorações do aniversário do Cabôco
Alencar
Na manhã deste sábado, o presidente da
ACATE Ari Rodrigues,o presidente da ALAMBIQUE Daniel Thame e o presidente do
Fórum de Cultura Itabunense Ederivaldo Benedito, se reuniram na sede da mais
nova associação cultural de Itabuna a ACACAL (Associação Cultural Amigos do
Cabôco Alencar) que terá sua ata de fundação datada de 2 de Fevereiro de 2013,
dia em que se comemora o aniversário do presidente vitalício e único membro da
diretoria, o senhor Alencar Pereira da Silveira, popularmente conhecido como
Cabôco Alencar, o filósofo do Beco. A programação começará a partir das 10 h
com a Lavagem do Bar ABC da Noite. Na sequência, será preenchida a ficha de
filiação dos membros da ACACAL. Tudo isso, ao som de antigas marchinhas de
carnaval. Considerado um dos ícones vivos da cultura grapiúna, Cabôco Alencar
já está imortalizado no Livro ABC do Cabôco do escritor Adylson Machado e num
documentário sobre sua vida, dirigido e produzido por Aline Meira. Segundo
Daniel Thame, um dos organizadores do evento, um dos presentes que a cidade
dará a Alencar, será o tombamento do ABC da Noite. O famoso boteco completa 51
anos em Julho e é considerado um patrimônio cultural grapiúna. Vários amigos do
filósofo já confirmaram presença, dentre eles, Gabriel Nunes, Geraldo Borges,
Nilton Galvão, Vitória, Eva Lima, Gilson Alves, Gustavo Felicíssimo, Domingos
Matos, Hélio Bocão, Oziel Aragão, Cacá Ferreira, Ricky Mascarenhas e muitos
outros. Só a título de esclarecimento, o evento em comemoração ao aniversário
de Cabôco Alencar promovido pela ACATE, ALAMBIQUE, pelo Fórum de Cultura
Itabunense e pela ACACAL não é a Lavagem oficial do Beco do Fuxico. A lavagem
acontecerá no dia 9 de Março. Por isso não confundam alhos com bugalhos. No
sábado dia 2 de fevereiro, às 10h evento em comemoração ao aniversário de
Cabôco Alencar, no Beco do Fuxico.
E O BOTAFOGO ENTROU SEM GOLEIRO
Walmir Rosário
Há coisas que só acontecem com o Botafogo. Lembro-me bem do fato que vou narrar, mas não posso precisar o ano, embora saiba que foi na década de 1970. Afinal de contas, faz muitos anos que aconteceu no antigo campo da Desportiva itabunense esse fato inusitado. Numa das muitas tardes esportivas de domingo jogariam o Botafogo do bairro da Conceição, presidido e dirigido tecnicamente Rodrigo Antônio dos Santos, e o Corinthians do “Fuminho”, hoje bairro São Caetano. Pode crer, o título é rigorosamente verdadeiro.
Como era de praxe, a rivalidade entre os times amadores era grande e se disputada uma bola perdida como um esfomeado disputa um prato de feijão. Ainda mais quando os jogadores obedeciam à orientação do presidente e técnico Rodrigo, chamado “Rodrigo Bocão”, alcunha dada devido ao privilégio de possuir pulmões e cordas vocais da melhor qualidade, principalmente pela altura e tonalidade de sua voz, responsáveis por broncas homéricas nos seus jogadores.
E nesse clima, o primeiro tempo terminou em zero a zero, após um jogo “mordido”, em que as equipes não queriam se arriscar a tomar um contra-ataque fulminante. Afinal, o Botafogo era tido como um celeiro de craques, graças à percepção de Rodrigo, um expert nas artes gráficas e em descobrir talentos.
Pelo Botafogo passaram jogadores de primeira linha e que muitas glórias proporcionaram aos torcedores da “Abssínia” – nome perjorativo dado ao bairro da Conceição pelos adversários. Podemos citar entre eles craques Pintadinho Alfaiate, Borba (Miquiu), João Bocar, Patuca, o macuquense João Calça Frouxa, Vanda, Aranha, Dal Broa, Dadinho, Bangu, Pedrinha e Mundeco, estes, uma versão grapiúna da dupla Pelé e Coutinho, pela facilidade de construir famosas tabelinhas, entre outros tantos que agora me falha a memória. Mas, mesmo assim, não menos importantes para a história do screthda estrela solitária, ou mais recentemente Tete, Jacaré, Beguinho, entre tantos.
A paixão de Rodrigo pelo seu Botafogo somente poderia ser comparada à que dedicava ao seu padroeiro, Santo Antônio, de quem era devoto fervoroso e promotor da maior novena já feita em louvor ao Santo, que se tem notícia em Itabuna. Dizem até os amigos mais chegados que nem mesmo os “santos” frades capuchinhos Frei Justo, Apolônio e Isaias marcavam qualquer evento religioso para aquela data, com receio da concorrência. Mas essa é outra história.
Toda a perspicácia de Rodrigo, entretanto, não foi suficiente para evitar um enorme – e talvez o maior – vexame em pleno campo da Desportiva, templo sagrado do futebol itabunense daquela época. Nem mesmo Santo Antônio foi capaz de acudi-lo numa situação daquela.
Jogavam – como já disse –, o glorioso Botafogo de Rodrigo e o Corinthians, um jogo pra “pirão”, com poucos ataques de cada lado, mesmo assim por parte do alvinegro da Conceição.
Assim que o juiz apitou o fim do primeiro tempo, os times saíram de campo e se dirigiram aos vestiários – locais que servem não só para o merecido descanso dos jogadores, mas, também, para que recebam as broncas de praxe. Ainda mais se tratando de Rodrigo, cujas orientações dadas aos atletas eram ouvidas até na geral, localizada no outro lado do campo, graças à potência de sua voz.
Passados os 15 minutos regulamentares, e mais outros cinco de “cera”, os dois times voltam a campo e o juiz reinicia o tempo complementar da partida. Os times se estudam, com jogadas ensaiadas no meio de campo, todas preparadas no vestiário, alguns dribles, duas ou três bolas atrasadas para a defesa, até que surge o pior, quando um torcedor do bairro da Conceição pergunta a Rodrigo:
– Rodrigo, cadê Romualdo?
A pergunta foi suficiente para o velho campo da desportiva vir abaixo com os gritos e impropérios de dirigidos por Rodrigo contra o o goleiro Romualdo Cunha, que ainda descansava tranquilamente no vestiário, embora já transcorressem 10 minutos do segundo tempo. Nem mesmo os narradores altamente categorizados como Orlando Cardoso e Geraldo Santos (hoje Borges) tinham se apercebido da falta do goleiro do Botafogo.
Eis que passados dois ou três minutos de busca – talvez os mais longos da Desportiva – surge, enfim, Romualdo Cunha, ovacionado pelos seus torcedores e e xingado pelos adversários. Time completo, jogo reiniciado, o Botafogo ganha mais uma: um a zero até aos 45 minutos do segundo tempo, com um gol de Danielzão, para descanso das cordas vocais de Rodrigo e a alegria da torcida botafoguense.
Jornalista, advogado, botafoguense e editor do www.ciadanoticia.com.br
Publicada no Jornal Agora em 28-07-2001
Filme do Dia
Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, o filme se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o o 16º presidente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido, ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com a escravidão.
Por hoje é só. Vou guardar a tesoura,
a agulha e a linha.
Vou bater o martelo... Ponto Final. (Redação: o Bolso do Alfaiate)
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