Um laboratório de Itabuna recuperou as fotos deletadas da máquina do jornalista Ederivaldo Benedito. Conforme depoimento, as imagens foram excluídas da máquina por policiais militares que abordavam dois jovens na Beira-Rio durante a Parada Gay de Itabuna, no domingo (16). O jornalista fotografava a ação policial (relembre aqui).
As imagens ajudam a esclarecer se o jornalista “se aproximou demais” da abordagem policial, o que teria provocado as cenas de excesso e prisão por parte dos policiais militares.
As fotos mostram Benedito a oito, sete metros de distância da abordagem, o que não comprometeria o trabalho da PM e desmonta a versão dada pelo policial Bernardo Dutra ao jornal A Região. “”Estávamos numa abordagem a seis indivíduos suspeitos, quando percebi que um rapaz se aproximou demais”, disse.
O laboratório da Posterlândia recuperou as quatro fotos deletadas da máquina do jornalista, conforme nota fiscal. Elas ainda revelam que a aproximação maior ocorre quando a polícia conclui o trabalho e se dirige a Benedito para ordenar que apague a foto. O jornalista se nega a apagar a foto e os policiais partem para tomar a máquina e excluir as imagens.
A Secretaria de Segurança Pública informou que abriria sindicância para investigar a denúncia de excesso da polícia na prisão do jornalista Ederivaldo Benedito, que foi preso e encaminhado ao Complexo Policial dentro do camburão e algemado, embora não tenha resistido a ser conduzido. Confira as fotos:
Esta foto ajuda a esclarecer a que distância jornalista estava da guarnição.
Esta é a foto mais próxima, quando a abordagem já havia sido concluída. Dutra (terceiro da direita para esquerda) então se dirige ao jornalista.
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