Alhos & Bugalhos
Correioitajuipense.blogspot.com alcança 50 mil acessos
Sem precisar manipular o contador que registra
os acessos ao blog, o correioitajuipense.blogspot.com alcançou nesta última
semana a marca de 50 mil acessos em suas publicações.
Os números alcançados é uma demonstração da confiabilidade das
matérias postadas, que procuram de uma forma consciente informar a todos os que
acessam informações de primeira linha.
A equipe do correio e do alhos & bugalhos
agradecem a todos que acessaram o blog, e firmam mais uma vez o compromisso de continuar na mesma
linha editorial que mantém desde junho de 2009 quando iniciou suas publicações
na web. (foto internet)
Céu de Brigadeiro
Longe das polemicas sobre a Ficha Limpa, a
pré-candidata Gilka Badaró (foto), tem transmitido aos seus correligionários a
legalidade de sua postulação ao cargo de prefeito do município.
Gilka confirma que sua candidatura tem total
respaldo legal, e que, tem em suas mãos certidões que confirmam a normalidade
de sua situação frente à justiça.
Para Gilka, os desesperos de alguns
postulantes, chegam a ser ridículos, uma vez que, ela hoje está preocupada em
mostrar o que tem de melhor para ajudar Itajuípe sair do marasmo administrativo
em que se encontra. (Foto - itajuipeonline)
Carta
aberta ao governador da Bahia
Prezado governador Jaques Wagner,
Eu me chamo João Francisco, sou cidadão brasileiro e passei o
carnaval em sua terra. Maior herdeira da cultura africana no Brasil, a Bahia
possui nosso melhor carnaval. É indescritível subir a ladeira do Curuzu com o
Ilê Aiyê e ir atrás do trio (sem cordas) elétrico.
Mesclando Ialorixás e Babalorixás, Salvador resgata o ritmo dos
tambores africanos, o molejo de quadris negros prenhes de sensualidade e,
infelizmente, a não integração de raças e classes que marca essa terra de
carnavais, malandros e heróis.
Sendo o Brasil um país chagado pela desigualdade em todas as
suas dimensões, o carnaval é nossa esperança de redenção, o símbolo cultural
que alimenta a transformação do utópico em tópico. O carnaval é, “pelo menos”,
símbolo (e nenhuma revolução se fez sem a energia do simbólico) da igualdade e
da integração de raças e classes, de povos e culturas.
Governador, venho lhe pedir que intervenha para reverter esta
privatização do carnaval baiano ocorrida nos últimos anos. O senhor entrará
para a história como estadista, este tipo de homem público raro nos dias
atuais: alguém que antecipa o futuro, denuncia nossa anestesia social e resgata
elevados princípios éticos como balizadores das políticas públicas.
O carnaval na Bahia foi privatizado. Certa vez escutei atônito
um famoso cantor baiano dizer em uma entrevista televisiva: “A invenção das
cordas no carnaval foi uma ideia extraordinária de privatização elaborada por
nossos empresários”.
Na aparência, parece ser uma boa ideia, pois dilui os custos de
financiamento dos blocos e gera (sub) empregos para os cordeiros.
Na essência, cria um custo moral, para a sociedade, e
financeiro, para o estado, inaceitável.
Moralmente, é inadmissível a separação imaginária entre brancos
incluídos e negros pobres feita pelas cordas.
Além de termos mais de um século de assinatura da Lei Áurea,
temos o exemplo vivo de Martin Luther King a nos iluminar.
Se a linha que separava negros e brancos nos bancos de ônibus
nos EUA de 1950 era imaginária, no Brasil ela toma a forma de uma corda de
bloco carnavalesco em pleno século XXI.
Financeiramente, representa um custo oneroso para o estado. O
carnaval em Salvador ocorre em ruas públicas, com o aparato policial do estado
mobilizado e ampliação considerável das brigas de rua motivadas pela
desigualdade exposta. A consequência, além da intervenção mais pesada da
segurança, é também o aumento das internações hospitalares financiadas pelo
SUS.
Será que em outros municípios complicados em termos de segurança
pública como Rio de Janeiro, Recife e Olinda, onde o carnaval de rua impera sem
corda, há tanto incremento da violência?
Governador, desigualdade revolta. Legitimar este escárnio, como fazem
as cordas dos blocos baianos, gera custos orçamentários para o estado da Bahia
nas rubricas de segurança e saúde pública.
Proibir o uso de cordas em espaços públicos, além de ser uma
política pública promotora da igualdade social e racial, pode gerar uma
economia considerável para o estado da Bahia.
O papel do pensamento crítico e progressista, de Marx aos
frankfurtianos, sempre foi evidenciar esta contraposição entre aparência e
essência. A ideologia, como falsa consciência da realidade, dificulta nossa
visão sobre a essência. Tornar o espaço público do carnaval uma esfera
privatizada transforma relações culturais de gratuidade e integração
sócio-racial em mercadorias fetichizadas.
Na formulação de políticas públicas, uma armadilha precisa ser
desarmada: a tentação de sempre sobrepor a lógica da eficiência à lógica da
legitimidade.
Se o mercado encontra-se na esfera privada e precisa ser
eficiente, a política está na esfera pública e precisa ser legítima. O carnaval
de Salvador ocorre em um espaço público, portanto passível de regulação do
Estado. Privatizá-lo com cordas significa sobrepor o interesse de grandes
grupos “artístico(?)-comerciais” ao interesse da maioria da população.
O papel de um homem público progressista é construir as bases de
uma nova legitimidade, pautada na essência e não na aparência. E a essência do
carnaval é a integração de raças e classes.
Alguns dirão que é a privatização do carnaval na Bahia que
possibilita a pipoca existir sem custos. Balela! Afinal, a existência de cordas
remonta às últimas décadas, ao passo que o carnaval soteropolitano remonta aos
últimos séculos.
É legítimo que os blocos ganhem dinheiro com patrocínio (como já
fazem os blocos sem cordas), com incremento de financiamento do poder público e
com os camarotes que podem oferecer um serviço diferenciado.
O que é inaceitável é a privatização do espaço público feito
pelas cordas, concretizando o racismo como exemplo e tornando a desigualdade
brasileira um escárnio a ser celebrado.
Governador, todo processo de mudança inicia-se com a sensação de
que algo está errado. No inicio, como a opressão está legitimada, ela toma a
forma de algo “normal”. Aos poucos, uma minoria trava um debate ferrenho para
tentar mostrar a anormalidade da suposta “normalidade”. Com o tempo, o
movimento de mudanças ganha força e esta se torna inevitável.
Vejamos o debate, no Brasil pré-republicano, entre
abolicionistas e escravocratas. Os primeiros eram uma minoria que ganhou força
com a inevitabilidade das mudanças. Da Lei do Ventre Livre, incrementalmente,
chegamos à Lei Áurea.
Torço para que esta carta aberta chegue ao senhor, governador.
Tenha a coragem e disposição para enfrentar os grandes interesses comerciais
que privatizaram nossa maior festa de integração social e racial. Antecipará o
futuro! Afinal, toda corda possui um pouco de navio negreiro.
João Francisco Araújo
Maia é mestre em Ciência Política pela UFPE e especialista em
Políticas Públicas e Gestão Governamental
Romário prevê 'maior roubo da história' para Copa-2014
Integra
da Carta Aberta do Deputado Federal Romário
"Tem
coisas que só existem no nosso País, ou melhor, só acontecem no nosso País. O
presidente da FIFA vem ao Brasil e se encontra com a presidente Dilma. Até ai
perfeito! Nesse encontro estão presentes Aldo Rebello, ministro dos Esportes,
ok; Pelé, embaixador honorário do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, ok;
Ronaldo, conselheiro do Comitê Organizador Local (COL), ok. Só uma pergunta:
qual dessas pessoas tem a ver com a Lei Geral da Copa?
Nenhuma. O presidente da comissão da Lei Geral da Copa, Renan Filho, não estava
lá. O relator da Lei da Copa, Vicente Cândido, também não. O presidente da Casa
onde será votada a lei, Marco Maia, também não estava presente. E muitos outros
que tem muito a ver com a Lei Geral da Copa, não estavam presentes. Na minha
concepção de político, a política vai de mal a pior. E o povo tem total razão
de reivindicar e cobrar principalmente mais seriedade e responsabilidade das
pessoas que tem autonomia para decidir coisas importantes como essa (Copa do
Mundo).
Não vou me aprofundar muito, mas é uma pena, ouvir nas rádios, ver na TV, abrir
os jornais e ler que o governo federal se uniu a FIFA para que a Copa do Mundo
seja a maior de todos os tempos. Uma mentira descabida! Não será a melhor e nós
vamos passar vergonha. Se continuar acontecendo coisas erradas e estranhas como
esse encontro do Blatter com pessoas que não são ligadas a Lei Geral da Copa,
ela será uma merda. E o governo federal está enganado o povo. E a presidente
Dilma está sendo enganada ou se deixando enganar.
Brasileiros, continuem cobrando e se manifestando porque essa palhaçada vai
piorar quando tiver a 1 ano e meio da copa. O pior ainda está por vir, porque o
governo deixará que aconteçam as obras emergenciais, as que não precisam de
licitações. Ai vai acontecer o maior roubo da história do Brasil. Ai eu quero
ver se as pessoas que apareceram sorrindo na foto durante a reunião de ontem vão querer
aparecer. Esse Brasil é um circo e os palhaços vocês sabem bem quem são." (Do
Agência Estado)
UM POUCO DE HISTÓRIA
Quinto dos infernos
No Brasil Império, o país pagava a Portugal um imposto chamado "Quinto". Era assim: a coroa portuguesa levava 20% (1/5) sobre tudo que era produzido aqui. A taxação era considerada escorchante pelos brasileiros. Daí surgiu o apelido de... “Quinto dos infernos” para o imposto.
Pois, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a carga tributária do brasileiro está em 38% - ou seja, quase dois quintos dos infernos.
Por Hoje é só. Vou bater o martelo.
Viva Fellype Gabriel
Ponto Final. (Redação o Bolso do Alfaiate)
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