segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Parabéns - 1952 – 2022 - Itajuípe 70 anos de Emancipação Politica e Administrativa

alhos & bugalhos

1952 – 2022 - Itajuípe 70 anos de Emancipação Politica e Administrativa

Parabéns Itajuípe 1952 - 2022 = Pelos seus 70 anos de emancipação Politica-Administrativa

São os votos da equipe do correioitajuipense.blogspot.com




Logos, existo 

Teceste-me às margens do Almada.
Fizeste-me Ser.
Cobriste-me com o calor do meio-dia,
amamentando-me com os seios
da própria terra-mater que criastes.
Já não sou Eu, somos Nós,
alegres, como em contínuas farras de felicidade,
embriagando-nos de alegria e bem-querer.
Logo, existo.
Uno, no sentido que o Almada escoa
em noites de paz, não de insônias.
E, ao contemplar o dia raiando que nos atrai
para a doce Itajuípe banhada, penso:
Agora existo... 


Cláudio da Luz.

O município de Itajuípe tem sua origem no século XIX, na região de Sequeiro do Espinho que pertencia a Ilheus. Há registros que antes da chegada dos exploradores em 1892, quando começou o povoamento, a região era habitada por indígenas descendentes dos Tapuias. Antônio José de Oliveira, Pedro Portela e os irmãos Joaquim e Miguel Pinheiro são apontados como os responsáveis pelo desmatamento e início da plantação das lavouras de cacau, que fundamentaram o desenvolvimento econômico do município. Em 1918 o povoado Sequeiro do Espinho passou a ser chamado de Pirangi. Ainda vinculada a Ilhéus, em 1930 foi instalada uma subprefeitura em Pirangi e 13 anos mais tarde o nome foi substituído para Itajuípe. A emancipação político-administrativa ocorreu no dia 12 de dezembro de 1952, tornando então Itajuípe. O munícipio era a junção de três distritos de Ilhéus: Itajuípe, Bandeira do Almada e Barro Preto, mas em 1962 foi desmembrado para formar a cidade de Barro Preto.

Priskas Eras



Pensamento do Dia

“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios”.

Barão de Montesquieu

Charge do Dia



Publicação simultânea: correioitajuipense.blogspot.com – academiaalcooldeitajuipe.blogspot.com e correioitajuipensedenoticias.blogspot.com - Ponto final! *Redação o Bolso do Alfaiate.


ONDE NASCEU JORGE AMADO?

Por Isaac Albagli

Encarregado de preencher as “fichas” da Academia de Letras de Ilhéus criada em 1958, o seu primeiro secretário, jovem advogado Francolino Neto, aguardou quatro anos para, pessoalmente, colher os dados do acadêmico Jorge Amado. De caneta em punho e após preencher o nome, endereço e filiação do romancista, à época já famoso, fez a pergunta: “Local de nascimento?”. “Pergunte ao meu pai…” - se esquivou Jorge Amado. Na sua carteira de identidade constava a cidade de Itabuna como local do nascimento, mas no fundo ele sabia que havia uma polêmica tanto familiar como “de ordem pública”. Francolino Neto não se fez de rogado e foi até Itajuípe para se encontrar com o fazendeiro João Amado, pai do escritor. O Coronel João não vinha a Ilhéus há muito tempo, pois tinha pavor a vergalho de boi… Diziam as más línguas que o coronel se engraçou com uma mulher casada e acabou tomando uma surra de vergalho de boi. Mas voltemos ao encontro de Dr. Francolino com o Coronel João Amado. Encontraram-se na firma compradora de cacau Wildberg & Cia. e o secretário da Academia foi direto ao assunto. O Coronel  João Amado disse então a Francolino: “Jorge nasceu na Fazenda Auricídia que ficava na zona do Repartimento no limite entre os municípios de Itabuna e Itajuípe.”

A maior parte da fazenda pertencia em 1912, ano do nascimento de Jorge, a Itabuna, antiga Tabocas que em 1910 tinha se emancipado de Ilhéus. Mais precisamente no distrito de Ferradas, na época próspero entroncamento de tropeiros. A outra parte da fazenda pertencia ao 7º Distrito de Ilhéus, denominado de Pirangí, mais tarde emancipado e que originou o município de Itajuípe. Dr. Francolino, rápido no raciocínio fez então a pergunta fatal. “E de que lado ficava a sede da fazenda?” João Amado não titubeou: “Ficava em Pirangí”. Francolino deu uma risadinha marota e tascou na “ficha” de Jorge Amado – Local de Nascimento: Ilhéus, Bahia, Brasil. A Lei 807 de 28 de julho de 1910, que criou o município de Itabuna, sancionada pelo então governador Araújo Pinho, não era muito precisa nas indicações dos limites territoriais, principalmente quando não existiam rios ou ribeirões para delimitação com maior precisão.

Naquela ocasião a linha demarcatória “seca” como era chamada, causava muitos desencontros, e até mesmo nos limites de Ilhéus, o município mãe, com Itabuna, as dúvidas persistiram. Na Fazenda Auricídia passava um ribeirão denominado de Limoeiro, mas segundo as informações ele não servia de limite territorial. Em 1952, portanto 40 anos após o nascimento de Jorge Amado, o Distrito de Pirangí foi desmembrado de Ilhéus, passando a denominar-se de Itajuípe e em seu território foi criado o Distrito de Limoeiro, onde ficava a zona do Repartimento. Região de terras nobres para o cultivo do cacau, Limoeiro logo se expandiu e em 1962 de desmembrou de Itajuípe sob a denominação de Barro Preto. Hoje, Barro Preto de chama “Governador Lomanto Júnior”, nome por sinal de péssimo gosto, sem querer entrar no mérito dos méritos do homenageado. A sede da Fazenda Auricídia situava-se, portanto, em território que hoje pertence ao município de Lomanto Júnior.

Como se pode verificar, a polêmica está armada. Na Certidão de Nascimento de Jorge Amado consta que ele é itabunense. O velho João Amado disse que ele nasceu em Pirangí, que então pertencia a Ilhéus. As emancipações posteriores colocaram a sede da Fazenda Auricídia no território de Barro Preto, hoje Lomanto Júnior. Itabuna, Ferradas, Ilhéus, Pirangí, Itajuípe, Limoeiro, Barro Preto e Governador Lomanto Júnior. Cidades, distritos, vilas, denominações velhas e novas. Jorge Amado lá de cima deve estar dando grandes gargalhadas. De minha parte, quando vereador, resolvi propor o título de Cidadão Ilheense ao nosso escritor. Quem registra é dono, e Itabuna registrou Jorge Amado, mas nós, ilheenses, estamos na posse mansa e pacífica, que às vezes vale mais do que papel registrado em cartório. Mas de certo não é necessária tanta polêmica. Jorge não é itabunense, nem ilheense, nem itajuipense e nem lomantense (?). Jorge é grapiúna e Cidadão do Mundo. 

Artigo publicado originalmente em março de 2003 nos jornais Agora e Diário de Ilhéus. Contato com o autor ialbagli@uol.com.br


Estação do Sequeiro de Espinho

A ESTAÇÃO
A estação de Sequeiro de Espinho foi inaugurada em 15 de junho de 1913, como ponta de linha do ramal de Itajuípe, permanecendo assim por alguns anos. Ficou famosa por ser retratada em vários romances do escritor baiano Jorge Amado. A famosa "Batalha do Sequeiro de Espinhos", utilizada como pano de fundo do romance "Terras do Sem-Fim" do escritor, é travada no entorno da antiga Estrada de Ferro de Ilhéus, devido em parte à sua estratégica localização e importância econômica. A estação foi desativada com a ferrovia em 1964. Está ainda de pé, mas não se sabe seu uso atual. (Fontes: Manoel Ursino Tenório de Azevedo Junior; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960). Veja também os trens da E. F. de Ilhéus. (Do. www.estacoesferroviarias.com.br)
A Estação, a ponte pencil, a Matriz do Sagrado Coração de Jesus, o Clube Social (hoje Kamuá) a velha estação Ferroviária, junto ao barracão foram tombadas por iniciativa dos vereadores Vinicyus Guimarães e Itatelino Leite.
Fica agora a esperança de que os imóveis sejam recuperados e abrigue espaço de cultura, lazer ou que sejam utilizado pela administração pública ou privada, para justificar os tombamentos. Chega de imóveis ditos históricos sem conservação.

Priskas Eras

Coisas de Mulheres Prefeitas


Em Itajuípe a prefeita eleita foi Gilka Badaró (PSB), e Almadina foi Gleide Moura (PSD), e Barro Preto Jaqueline Mota (PT), e em Coaraci foi reeleita Josefina Castro (PT).

Pensamento do Dia

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