“A CIDADE TEM 9 MESES SEM OBRAS COM RECURSOS PRÓPRIOS”, DIZ MARCONE AO CRITICAR LÉO DA CAPOEIRA
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Pimenta Blog - 14 de julho de 2023
Cerca
de dois meses depois de anunciar mudança de residência de Itajuípe para a
vizinha Itabuna, o ex-prefeito Marcone Amaral (PSD) detonou a gestão do seu
ex-companheiro de chapa por duas eleições no Município dos Lagos, Leandro
Junquilho Cunha, o Léo da Capoeira (PSD). Marcone, que renunciou ao mandato de
prefeito em 2022 para concorrer a vaga na Assembleia Legislativa, disse
discordar dos rumos administrativos tomados por Itajuípe depois da posse de Léo
da Capoeira.
– A
gestão [de Léo] não está boa. Precisamos melhorar a gestão. O
ritmo de obras caiu – constata Marcone durante sua participação no Café
iPolítica, um podcast apresentado por Andreyver Lima e
Larissa Moitinho na noite desta quinta-feira (13).
Ainda
durante o podcast, Marcone reconheceu que a relação entre ambos,
antes harmônica, hoje, assim como a gestão, “não está boa”. Criticou o que
considera verticalização da administração e sugere mudança para que o grupo
político que está à frente da gestão de Itajuípe desde 2017 não se desfaça.
“PRECISAMOS ACELERAR A CIDADE”
Marcone
aponta um afastamento de Léo da Capoeira. Para ele, a queda no ritmo de obras
não pode ser admitida diante do volume de recursos e arrecadação própria do
município, que, aponta, dobrou desde 2017. Saiu de R$ 50 milhões anuais para
cerca de R$ 100 milhões, segundo ele.
O
ex-prefeito e suplente de deputado estadual pelo PSD relembra um feito para Itajuípe
em meio à tragédia da chuva de 2021, quando o município sul-baiano, como
poucos, conseguiu receita de royalties mensal entre R$ 800 mil e R$ 900 mil.
– Nós
precisamos voltar a acelerar a cidade. A cidade tem aí 9 meses sem obras com
recursos próprios. Nós paramos o projeto que tínhamos, o Projeto Mais, de R$
7,5 milhões, que eu lancei, com recursos próprios e não conseguimos colocar no
papel. Quando eu saí da prefeitura, em 29 de março, eu deixei livre, na
Prefeitura, R$ 5 milhões, que, para a cidade, é algo muito importante. Nós
precisamos sentar para reaver alguns pontos de gestão – disse ele no Café
iPolítica, enfatizando que vai cobrar o prefeito por ter iniciado o
processo.
Ainda
no podcast, Marcone falou da relação política construída por ele com Rosemberg
Pinto, deputado estadual pelo PT, e Paulo Magalhães, deputado federal do PSD,
para obter obras para o município. Agradeceu aos parlamentares e atribuiu a
Paulo Magalhães a tentativa de reaproximação com Léo da Capoeira, ocorrida no
último final de semana, durante o Mica Pedro. Ontem, ambos se falaram por
telefone, também com intermediação do deputado Paulo Magalhães, considerado
pelo ex-prefeito “um paizão” para ele e Itajuípe
PROMOÇÃO PESSOAL
O
estremecimento da relação entre ambos ficou ainda mais evidente há cerca de 80
dias, quando o novo prefeito passou a aparecer em mídia paga pelo Município
usando novo slogan de governo (“o trabalho continua”), o que é vedado pela
legislação. Logo depois, Marcone confirmou a transferência de residência para
Itabuna, mas ainda com domicílio eleitoral em Itajuípe. Clique no play e
confira a entrevista.
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Governo do Estado investirá R$ 1,2
bilhão em obras de infraestrutura e mobilidade por meio de contrato com o Banco
do Brasil
O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), em
Salvador, foi cenário para o início de uma importante parceria entre o governo
do Estado e o Banco do Brasil. Nesta quinta-feira (13), o governador Jerônimo
Rodrigues assinou, com a presidente da instituição financeira, Tarciana
Medeiros, o contrato de financiamento do Programa Integrado de Infraestrutura
Governamental (Proinfra III). O valor total investido é de R$ 1,272 bilhão. Os
recursos serão utilizados para investimentos previstos no orçamento do Estado
nas áreas de infraestrutura de transporte, mobilidade urbana, infraestrutura
urbana, fortalecimento de fundo garantidor e gestão governamental. De acordo
com Jerônimo, esse contrato vai trazer importantes contribuições para a
mobilidade e geração de empregos, além da área social.
“Uma das estradas importante demais, que é a BR que
liga Ilhéus a Itabuna, que tanto pedimos ao Governo Federal passado para
duplicar, e não tivemos resposta. Agora com o BB vamos concluir o trecho,
movimentando o turismo de negócios e melhorando a qualidade de vida das pessoas
na região. Em Salvador, vamos investir em mobilidade”, sinalizou Jerônimo.
Na mesma ocasião, foi anunciada a liberação de
operações de crédito para o programa. Do total contratado, R$ 636 milhões devem
ser liberados até 30 de dezembro deste ano e os outros R$ 636 milhões, entre 1º
de janeiro e 30 de dezembro de 2024. A expectativa é de que a primeira parte
dos recursos já esteja disponível na conta do Estado na próxima semana. A
presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, explica a relevância desses
financiamentos na garantia do fortalecimento de ações nos estados, a exemplo da
Bahia.
“A Bahia é uma parceira histórica do Banco do
Brasil, e poder estar aqui disponibilizando recurso de crédito para o Estado
destinar a ações de desenvolvimento para os municípios e melhorias na qualidade
de vida dos baianos, é uma das razões de o Banco existir”, afirmou a
presidente.
O Proinfra III vai atender 41 municípios baianos e
impactar positivamente a vida de mais de um milhão de baianos. Entre as
finalidades do programa estão: pavimentação e restauração de rodovias em 13
territórios de identidade, indicados em levantamento realizado pela Secretaria
Estadual de Infraestrutura (Seinfra); investimentos em infraestrutura e
mobilidade urbana no território de identidade metropolitano de Salvador,
definidos pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur); aporte em Fundo
Garantidor, definido pela Secretaria da Fazenda (Sefaz); e investimento em
Gestão Governamental, definido pela Secretaria do Planejamento (Seplan).
O secretário de Infraestrutura, Sérgio Brito,
destaca como os recursos disponibilizados para a pasta serão utilizados.
Segundo ele, os recursos são importantes para o desenvolvimento e ao progresso
em nosso estado. “Serão dedicados R$ 600 milhões à Seinfra, para poder dar
continuidade a essas obras tão importantes. Atualmente, são 520 obras em
andamento pelo interior da Bahia”.
Lula sanciona lei do Mais Médicos
Expectativa é incluir mais 15 mil profissionais na atenção
básica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta
sexta-feira (14), a lei do Programa Mais Médicos. A expectativa do governo é
ampliar em 15 mil o número de médicos na atenção básica do Sistema Único de
Saúde (SUS) ainda em 2023, por meio da Estratégia Nacional de Formação de
Especialistas para a Saúde.
O foco do programa serão as
regiões de maior vulnerabilidade. A nova edição do Mais Médicos priorizará a
formação dos profissionais com mestrado e especialização. Serão oferecidos
benefícios para os profissionais que atuarem em locais de difícil provimento.
Há também a possibilidade de incentivos como liquidação de dívidas e reembolso
de pagamentos feitos para o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior
(Fies).
Com os 15 mil novos médicos,
o programa contabiliza um total de 28 mil profissionais, o que possibilitará
acesso à saúde para mais de 96 milhões de pessoas.
Durante a cerimônia de sanção
do programa, o presidente Lula criticou a forma como o Mais Médicos e outras
políticas públicas foram conduzidos nos últimos anos. “Vocês perceberam quantas
políticas públicas foram destruídas de 2018 até agora? Vocês sabem que tivemos
que remontar 37 políticas públicas que a gente tinha feito, mas que foram
desmontadas?”, disse o presidente ao se referir a programas voltados a
universidades, farmácias populares, merenda escolar e, também, à falta de
reajuste a funcionários. “Tudo foi tirado com a maior de desfaçatez.”
De acordo com Lula, em meio a
esse contexto, os brasileiros entenderam que, “em um curto espaço de tempo,
para a coisa ficar ruim é muito fácil. Mas para a coisa melhorar, é muito
difícil”, afirmou.
“Eu não imaginava que um
presidente ou um ministro pudesse dizer que esse programa não vai mais
acontecer, e que tem muito comunista trabalhando na periferia deste país. O ato
de hoje é, na verdade, a afirmação de que, neste país, definitivamente e para
sempre, o dinheiro que se coloca na saúde não pode ser visto como gasto. É
investimento”, argumentou.
O presidente lembrou de
algumas críticas que o Mais Médicos já recebeu. “Entidades representativas da
medicina disseram que não precisa formar mais médico porque tem muitos médicos
no país. É verdade. Às vezes, até em excesso, mas na Avenida Paulista, na
Avenida Copacabana, na Avenida Boa Viagem. Mas basta ir nas periferias de São
Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza ou Salvador para ver como faltam médicos.”
Adesão maciça
De acordo com a ministra da
Saúde, Nísia Trindade, a adesão ao Mais Médicos foi “maciça”. Segundo a ministra,
o “clamor” pela retomada do programa vinha não apenas da população, mas de
prefeitos de todas as regiões do país, “independente de partidos, porque o Mais
Médicos é uma visão de mais saúde no Brasil e de acesso à saúde.”
“O Mais Médicos não é um programa
de uma medicina pobre para pobres, como muitas vezes nossos detratores falam. O
Mais Médicos é um programa para dignidade da atenção à saúde da nossa
população.” complementou a ministra.
Em nota, o Planalto informa
que o primeiro edital desta edição criará 5.968 vagas – mil delas, inéditas,
para a Amazônia Legal. O programa registrou 34 mil inscrições, número que
representa recorde, desde a criação do programa, em 2023.
“Até agora, dos selecionados
pelo primeiro edital, 3.620 profissionais já estão atuando em todas as regiões
do país, garantindo atendimento médico para mais de 20,5 milhões de
brasileiros”, detalha o Planalto.
Novos editais
A retomada do programa é
fruto da Medida Provisória 1.165, de 2023, aprovada em junho pelo Legislativo.
Serão abertos novos editais para profissionais e para adesão de municípios,
“com iniciativas inéditas como médicos para equipes de Consultório na Rua e
população prisional, além de novas vagas para os territórios indígenas”.
No mesmo evento, o presidente
Lula assinou decreto que institui um grupo de trabalho (GT) interministerial
coordenado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de “discutir, avaliar e
propor” regras para reservas de vagas aos médicos com deficiência e
pertencentes a grupos étnicorraciais.
Segundo o Planalto, o GT,
coordenado pelo Ministério da Saúde, terá a participação dos Ministérios da
Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e Cidadania, da Gestão e da Inovação em
Serviços Públicos e do Planejamento.
Mais detalhes sobre o programa Mais Médicos podem ser obtidas no site do Ministério da Saúde. - Agência Brasil
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Publicação simultânea:
correioitajuipense.blogspot.com – academiaalcooldeitajuipe.blogspot.com e
correioitajuipensedenoticias.blogspot.com - Ponto final! *Redação o Bolso
do Alfaiate.
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