Por que amo vocês
Amo vocês por não invadir as suas
Privacidades
latentes.
Amo
vocês quando chego a sobressaltos,
Antes
dos acordares, quando vocês
Deleitam-se
as margens do Rio Almada que
Esvai-se
em busca do mar.
Não
atravesso a ponte que virá.
Ouço
operários, máquinas e concretos
Que
um dia você me verá na ponte a
Atravessar.
Embora
ela tenha um nome oficial, em
Desacordo
batizará, de nossa ponte chamarei.
De
onde sempre vamos nos encontrar.
O
tempo urge.
O que comemorar
Não sei se haverá outra vida na
Minha vida que talvez você vá rememorar
Implorando o meu perdão.
Não sei o qual o que, talvez numa
casinha
De sapê ornamentado de papel crepom
iluminado
Pelos raios da lua cobrindo os nossos
corpos
Antes desnudos, enquanto o Bloco do
Prazer
Dobrar a esquina da rua, tocando o
refrão: Menina
Eu quero mais!
Continuo
sozinho de novo, como sempre,
Visitando
uma torre, quando te procuro.
E subindo para o topo, para gritar para quem quiser
Saber,
mas quem não estaria no papel o escrito que eu
Poetaria
de novo pra você.
Comemorar,
poetar o que pra você?
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