alhos & bugalhos
Leitura
do Dia
Quem
Diria!!!
EUA, Japão e UE acusam Brasil de protecionismo
Os países ricos se uniram para
questionar a política industria! Brasileira, que chamam de
"discriminatória". Amanhã, na Organização Mundial do Comércio (OMC),
vão pedir- explicações ao Itamaraty em relação à política de incentivo fiscal
que, para esses governos estrangeiros, estaria violando regras do comércio. Num
documento enviado ao Itamaraty, obtido pelo Estado, datado de 15 de abril, os
governos de EUA, Japão e União Europeia deixam claro que consideram
"preocupantes" as medidas adotadas pelo Brasil nos últimos meses em
diversos setores e pedem explicações, elevando a pressão sobre Brasília. Há
ainda outra queixa: o governo de Dilma Rousseff havia prometido que certas
medidas de incentivo seriam temporárias. Mas, hoje, já estão previstas para
durar toda a década. O Palácio do Planalto insiste em que sua política industrial
está dentro das regras internacionais. Mas agora os países ricos querem saber
como é que o Brasil justifica a "consistência" de seus incentivos
perante as normas da OMC. Essas leis estipulam justamente que governos não
podem usar regras tributárias nacionais para criar discriminação entre produtos
nacionais e importados.
Estados ameaçam multar indústria que não emitir nota fiscal
detalhada
Perto de acabar o prazo para
que os industriais se adequem às novas regras estabelecidas pela Resolução
13/2012 do Senado Federal — que tenta desestimular a guerra dos portos —,
empresários ainda não conseguiram regularizar seus sistemas e temem a
fiscalização. Os estados, como os do Ceará e de Pernambuco, já afirmaram que
não deixarão passar incólumes erros na declaração do conteúdo importado nas
notas fiscais. As novas regras entram em vigor no próximo dia 1º. A norma é uma
obrigação acessória estabelecida pelo Ajuste Sinief nº 19, criado pelo Conselho
de Política Fazendária (Confaz) para regulamentar a Resolução. O ajuste
determina que produtos que contenham conteúdo nacional inferior a 60% serão
considerados importados e terão uma redução da alíquota interestadual do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 4%. Antes, a
depender da região do país, esta alíquota era de 7% ou 12%. Além disso, o
ajuste também definiu que os industriais devem entregar às Fazendas estaduais a
Ficha de Conteúdo Importado (FCI) e discriminar o valor da importação e seu
percentual sobre o valor da nota fiscal. Esperava-se até a última semana que o
Confaz, órgão que reúne todos os secretários de Fazenda, além do secretário-
executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, prorrogasse o prazo em que
a nova obrigação passaria a vigorar. No entanto, na reunião realizada na semana
anterior, ficou definido que não haverá esta postergação.
MORRE COMPOSITOR PAULO VANZOLINI
Deixa
mulher, a cantora Ana Bernardo, e cinco filhos do primeiro casamento.
O
velório, reservado a familiares e amigos, será nesta manhã, no Albert Einstein.
O enterro deve ocorrer durante a tarde, no Cemitério da Consolação.
Um
dos ícones do samba paulistano, criou clássicos como “Ronda”, “Volta por Cima”
e “Praça Clóvis”, interpretados por grandes nomes da MPB, como Chico Buarque,
Maria Bethânia e Paulinho da Viola.
Ronda
Paulo
Vanzolini
De
noite eu rondo a cidade
A te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio em todos os bares
Você não está
Volto pra casa abatida
Desencantada da vida
O sonho alegria me dá
Nele você está
Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desiste, esta busca é inútil
Eu não desistia
Porém, com perfeita paciência
Volto a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinho
Jogando bilhar
E neste dia então
Vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar
Da avenida são João.
A te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio em todos os bares
Você não está
Volto pra casa abatida
Desencantada da vida
O sonho alegria me dá
Nele você está
Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desiste, esta busca é inútil
Eu não desistia
Porém, com perfeita paciência
Volto a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinho
Jogando bilhar
E neste dia então
Vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar
Da avenida são João.
Fui!
Todo mundo achou que eu estava de sacanagem, coisa que eu,
aliás, muito aprecio. Mas não era brincadeira não. É verdade mesmo! Hoje
publico a minha última e derradeira coluna em O Globo, o jornal que fica
estacionado na frente do meu Dodge Dart 73, enferrujado. Tomei esta decisão
intempestiva e passional depois que soube que o presidente Luísque Inácio Mula
da Silva vai assassinar, quer dizer, assinar uma coluna no New York Times. Ele
vai assinar com quê? Com um X? E o que é pior: a coluna vai ser em ingrêis! A
profissão de jornalista está desmoralizada... hoje em dia qualquer analfabeto
escreve pra jornal, inclusível eu, que não sei ler, só escrever.
Outra coisa que pesou muito nesta minha decisão irrevogável, irretratável e irresponsável foi o meu estado de penúria franciscana. Em 25 anos de jornalismo isento, imparcial e imoral não consegui ficar rico e, segundo o IBGE, continuo pertencendo às classes C e D. Mesmo assim, nunca fui convidado pro “Esquenta” da Regina Casé e do “Lata Velha” do Luciano Huck! Por isso, resolvi trocar de business. A conselho do meu amigo, o pastor Marcos Miliciano, resolvi abrir uma igreja pentelhocostal: a Igreja Agamenista do Sétimo Dígito que, inclusive, já tem convênio com o Visa, AMEX, Mastercard e Diner’s. Também aceitamos Rio Card e Ticket Refeição.
Deixarei saudades na redação de O Globo, especialmente em meu editor que, assim que soube de minha decisão, desabou em lágrimas, abriu uma garrafa de champanhe francês e começou a dançar nu em cima de sua mesa de fino mármore italiano. Aqui nesta redação mitológica, trabalhei em todos os setores desde o Caderno de Esportes, o Caderno de Automóveis até a Editoria de Cultura mas o meu lugar preferido sempre foi a Seção de Polícia onde retratei com rigor centenas de marginais criminosos, homicidas sem escrúpulos, proxenetas vis, mensaleiros cruéis, políticos corruptos e outros delinqüentes sem caráter .
E para aqueles que se amarram numa Teoria da Conspiração, o verdadeiro motivo secreto do meu despejo de O Globo foi porque a direção do jornal, sempre cuidadosa com as as despesas do jornal , resolveu cobrar o estacionamento do meu Dodge Dart 73, enferrujado, ao longo desses 25 anos. Sem ter como pagar para continuar escrevendo em O Globo, resolvi partir para “novos desafios”. Uma janela se abriu para mim e eu me taquei lá de cima.
Nestes 25 anos, exerci com vigor erétil esta profissão de jornalista investigativo que, depois da prostituição, é uma das mais antigas do mundo. Meus 17 leitores e meio (não esqueçam do anão!) acompanharam toda a minha vitoriosa trajetória cobrindo guerras, Copas do Mundo, Olimpíadas, eleições e mulheres. Não necessariamente nesta ordem. Este feito heróico só foi possível graças ao carinho e a dedicação extremada de Isaura, a minha patroa e do Dr. Jacintho Leite Aquino Rêgo, MD, meu personal psicoproctologista. Sem o auxílio destas criaturas antológicas eu jamais teria conseguido chegar lá, nos píncaros da Glória, que fica ali, perto da Rua do Catete.
Mas os meus 17 leitores e meio (não esqueçam do meu querido anão) podem ficar descansados. Minha coluna continuará a sair regularmente todo domingo nowww.casseta.com.br/agamenon. Para vocês, queridos leitores, resta um consolo: agora vocês não precisam nunca mais comprar O Globo, o que já dá uma boa economia. Hasta la vista, baby!
Outra coisa que pesou muito nesta minha decisão irrevogável, irretratável e irresponsável foi o meu estado de penúria franciscana. Em 25 anos de jornalismo isento, imparcial e imoral não consegui ficar rico e, segundo o IBGE, continuo pertencendo às classes C e D. Mesmo assim, nunca fui convidado pro “Esquenta” da Regina Casé e do “Lata Velha” do Luciano Huck! Por isso, resolvi trocar de business. A conselho do meu amigo, o pastor Marcos Miliciano, resolvi abrir uma igreja pentelhocostal: a Igreja Agamenista do Sétimo Dígito que, inclusive, já tem convênio com o Visa, AMEX, Mastercard e Diner’s. Também aceitamos Rio Card e Ticket Refeição.
Deixarei saudades na redação de O Globo, especialmente em meu editor que, assim que soube de minha decisão, desabou em lágrimas, abriu uma garrafa de champanhe francês e começou a dançar nu em cima de sua mesa de fino mármore italiano. Aqui nesta redação mitológica, trabalhei em todos os setores desde o Caderno de Esportes, o Caderno de Automóveis até a Editoria de Cultura mas o meu lugar preferido sempre foi a Seção de Polícia onde retratei com rigor centenas de marginais criminosos, homicidas sem escrúpulos, proxenetas vis, mensaleiros cruéis, políticos corruptos e outros delinqüentes sem caráter .
E para aqueles que se amarram numa Teoria da Conspiração, o verdadeiro motivo secreto do meu despejo de O Globo foi porque a direção do jornal, sempre cuidadosa com as as despesas do jornal , resolveu cobrar o estacionamento do meu Dodge Dart 73, enferrujado, ao longo desses 25 anos. Sem ter como pagar para continuar escrevendo em O Globo, resolvi partir para “novos desafios”. Uma janela se abriu para mim e eu me taquei lá de cima.
Nestes 25 anos, exerci com vigor erétil esta profissão de jornalista investigativo que, depois da prostituição, é uma das mais antigas do mundo. Meus 17 leitores e meio (não esqueçam do anão!) acompanharam toda a minha vitoriosa trajetória cobrindo guerras, Copas do Mundo, Olimpíadas, eleições e mulheres. Não necessariamente nesta ordem. Este feito heróico só foi possível graças ao carinho e a dedicação extremada de Isaura, a minha patroa e do Dr. Jacintho Leite Aquino Rêgo, MD, meu personal psicoproctologista. Sem o auxílio destas criaturas antológicas eu jamais teria conseguido chegar lá, nos píncaros da Glória, que fica ali, perto da Rua do Catete.
Mas os meus 17 leitores e meio (não esqueçam do meu querido anão) podem ficar descansados. Minha coluna continuará a sair regularmente todo domingo nowww.casseta.com.br/agamenon. Para vocês, queridos leitores, resta um consolo: agora vocês não precisam nunca mais comprar O Globo, o que já dá uma boa economia. Hasta la vista, baby!
***
Desolados, os meus 17 leitores e meio foram às ruas para
acompanhar a minha saída triunfal de O Globo, o jornal que ficava estacionado
na porta do meu Dodge Dart 73, enferrujado.
***
Agamenon
Mendes Pedreira já
era.
POR HOJE É SÓ. VOU GUARDAR A TESOURA, AGULHA E A
LINHA.
VOU BATER O MARTELO...
PONTO FINAL. (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário