alhos & bugalhos de sábado
Leitura
do Dia
MEDIDAS PARA
SAÚDE E EDUCAÇÃO PRECISAM SER MAIS BEM ANALISADAS
Walmir Rosário
O atendimento aos
reclames da população brasileira que ganhou as ruas ultimamente necessitam ser
analisadas com mais rigor. O que parece ser uma pronta resposta aos cidadãos
deixa dúvidas quanto aos prazos e recursos.
Não iremos aqui passar
ao pente-fino, de pronto, até por falta de dados em mãos, até porque estamos
aproveitando, neste momento, passar o tempo no Aeroporto de Congonhas, em São
Paulo, enquanto aguardamos o voo para voltar à região Sul-baiana.
Mas, ao simples olhar
nas promessas governamentais, ao que parece, de uma simples canetada, nossa
presidenta da República, Dilma Rousseff, tirou o Brasil da condição de
“terceiro mundista” – com status de emergente – para colocá-lo em pé de
igualde, senão acima, dos países escandinavos.
Esse paraíso nunca
visto na história desse país faz parte da estratégia dos ocupantes do Palácio
do Planalto e seus assemelhados estaduais e municipais sempre que o “calo
aperta”. Promete-se mundos e fundos, mas não se entrega a mercadoria vendidas
nos meios de comunicação à sociedade.
É uma velha repetição
do que prometia o beato Antônio Conselheiro para arrebanhar seguidores pela
caatinga nordestina afora: “rios de leite e ribanceiras de cuscuz”. Essa
promessa, pelo menos não pode ser criticada pela “falha na entrega”, haja vista
a incapacidade do beato em concluir sua “terra prometida”, por incapacidade de
fazer frente às armas republicanas.
Mas, voltando ao
Palácio do Planalto, dá pra desconfiar do “saco de bondades” colocado à disposição
dos brasileiros e brasileiras. Ora, porque esses R$ 50 bilhões não foram
transformado em presentes no Orçamento da União. Mesmo que conste, essa verba
não será, necessariamente investida, pois o executivo brinca com o Orçamento,
não permitindo que passe a ser impositivo. Tá lá, tem que investir.
Pior, ainda, é que a
contratação de pessoal para suprir as vagas na saúde e educação é bastante
módica em 2013 e 2014, aumentando, de forma geométrica, a partir de 2015. Quer
dizer, deixa a “bomba chiando” para os governantes que assumam nesse período, e
com o risco de não ter os meios para concretizar essa ação, até por pegar a
União com as “contas maquiadas”, para não fechar no vermelho.
Há quem diga que a
necessidade de médicos não seja tão alarmante no Brasil. Quem não teria médicos
para servir à população seria o Serviço Único de Saúde (SUS), devido aos
baixíssimos salários e preços pagos aos prestadores de serviço. Sem contar que,
os que estão empregados nem sempre comparecem aos postos de saúde e hospitais.
É só perguntar à população e ao Ministério Público.
Gestão, a boa gestão.
Essa é a palavra mais adequada para os governos se debruçarem sobre o assunto.
Completar os postos de saúde e hospitais inacabados ou em péssimo estado de
conservação, observar a manutenção dos equipamentos e colocar medicamentos à
disposição dos pacientes. Com isso, já teríamos percorrido mais da metade do
caminho. Porém essas ações não favorecem o marketing planejado pelos
governantes.
Na Educação não é muito
diferente. Basta acenar com um bom salário que os professores voltam à sala de
aula, deixando ocupações outras, que vão desde as de atendente, recepcionistas,
vendedores em casas comerciais e até garis, como já vimos matérias nos meios de
comunicação. Não sei o motivo de tanta implicação com os professores.
Em Itabuna, por
exemplo, do último concurso público (concurso, mesmo, e não seleção mambembe)
realizado para a contratação de professores, muitos deles não se dignaram,
sequer, a tomar posse, enquanto outros pediram demissão, abrindo mão de um
emprego seguro, preferindo outras ocupações mais rentáveis. Basta verificar
essa estatística na prefeitura.
Como nossos políticos
têm convicção de que a memória dos brasileiros é curta, apostam nessa velha
assertiva. Apostam, eles, em uma desmobilização dos manifestantes de hoje pela
aceitação pura e simples das promessas apresentadas. Mas, pelo “andar da
carruagem”, o brasileiros vêm despertando o seu lado cidadão e não se casará de
voltar às ruas assim que o governantes “pisarem na bola”.
E como tem gente ruim
de bola nesse Brasil.
Jornalista,
advogado e editor do www.ciadanoticia.com.br
VOU
BATER O MARTELO... PONTO FINAL. (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)
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