No sul da Bahia já foram movidas 18 ações e pelo menos outros 25 políticos devem ser acionados por causa da infidelidade partidária.
As ações em andamento são contra vereadores que trocaram de partido em Gandu, Ubatã, Ibicaraí, Ibirapitanga, Ibirataia e Firmino Alves. De acordo com o MPE, pelo menos 282 ações contra prefeitos, vice-prefeitos e vereadores serão movidas até o final do ano em toda a Bahia.
Entre os ameaçados estão políticos de Itabuna, Canavieiras, Camacan, Itacaré, Coaraci, Una, Arataca, Itororó, Gongogi, Buerarema, São José da Vitória, Pau Brasil, Itaju do Colônia, Ibirapitanga, Itapitanga, Barro Preto, Santa Luzia e Itapé.
De Itabuna, entre os ameaçados estão Ricardo Bacelar (foto), Claudevane Leite (Vane), Raimundo Pólvora, Rose Castro, Ruy Machado, Gerson Nascimento, Solon Pinheiro, Clóvis Loiola e Milton Cerqueira. Bacelar deixou o PSB e se filiou ao PSC; Vane saiu do PT e foi para PRB.
Nascimento deixou o PV e está no PSB; Solon trocou o PSDB pelo DEM, que era o partido de Cerqueira, que foi para o PRB, pelo qual é pré-candidato a prefeito em Coaraci.
Em Itapé a lista inclui os vereadores Júnior da Silva Borges, que saiu do PMDB para o PP, e Tiara Silva Araújo Alves que foi do PMDB para o PDT.
Denunciados
Os vereadores já acionados pelo Procurador Regional Eleitoral Sidney Madruga são José Elias de Souza Barros e José Raimundo Soares Simões, de Ibicaraí, que deixaram o PRTB.
Em Itororó, as ações são contra os vereadores João Batista Reis Oliveira, Andrea Figueiredo Pereira e Delmara de Santana Brito, que abandonaram o PMDB.
Em Ubatã, foram acionados os vereadores Paulo César Silva e Silva e Durval Ferreira Borges Filho, sendo que o primeiro deixou o PMDB e o segundo se desfiliou do PT.
Em Gandu, já são cinco ações contra políticos que trocaram de partido. Foram acionados Gil Marcelo dos Santos, que deixou o PP; Euclides Ribeiro de Matos Filho, que saiu do PSL, e Ayonara Lopes Caribe, que abandonou o PHS.
Já o vereador Paulo Sérgio Jesus dos Santos trocou o PSDC pelo PTB, e o vice-prefeito Pedro Antônio a Rocha Mello ficou apenas 19 dias no PT e foi para o PRTB.
Situação parecida com do vereador Ivan Barbosa Pereira, de Firmino Alves, que passou apenas 18 dias no PMDB e ingressou nos quadros do PSD. Em Ibirapitanga, quem responde a ação por infidelidade partidária é Jean Pereira de Assunção, que deixou o PTN.
Resolução
De acordo com o procurador Sidney Madruga, houve irregularidades nas mudanças de partido pelos políticos, que teriam ignorado a resolução 22.610/2007 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A maioria já se filiou a novos partidos, o que evidencia a intenção de troca de legenda para disputar novos cargos no pleito de 2012.
Para deixar o partido sem ser acionado, o político precisa provar que não tem mais ambiente para continuar na legenda, mostrando que sofre perseguição dos dirigentes.
De acordo com a lei, a incorporação, fusão ou criação de novo partido são consideradas justa causa para a desfiliação partidária, bem como a mudança do ideário político em relação ao programa do partido ou grave discriminação pessoal. Do Jornal A Região (www.aregiao.com.br)
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