quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Em Ilhéus

Polícia apreende na Bahia 200 kg de lençóis e jalecos vindos de hospitais de SP e Rio

Publicada em 19/10/2011 às 21h09m
O Globo (opais@oglobo.com.br)Com Jornal Nacional e Globo.com/TV Bahia


SÃO PAULO - A polícia aprendeu 200 kg de lençóis, sacos de armazenagem e jalecos em Ilhéus, no Sul da Bahia, vindos de hospitais do Rio de Janeiro e de São Paulo. O material estava sendo vendido em uma loja de tecidos no centro da cidade.
A polícia chegou ao local após uma denúncia anônima. Segundo a polícia, parte do material estava sujo de sangue. O filho do dono da loja disse que o material foi comprado em São Paulo e era vendido para clínicas e instituições de Ilhéus.
Em Pernambuco, fiscais da Vigilância Sanitária encontraram em um hospital de Goiânia, na Zona da Mata Norte, lençóis americanos importados há pelo menos 4 anos. O tecido, cujo metro foi comprado a R$ 2, cobre os 75 leitos da enfermaria.
Em Recife, o Instituto de Criminalística analisa lençóis, fronhas e jalecos apreendidos nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru. O material foi encontrado em galpões de uma empresa suspeita de importar lixo hospitalar dos Estados Unidos. Na última semana, dois contêineres com 46 toneladas do material foram apreendidos no Porto de Suape.
- O lençol, apesar de submetido a processos, é um risco em potencial. Pode ser que ele tenha sido ou não lavado, que tenha um organismo de alta resistência - diz Jaime Brito, gerente da Vigilância Sanitária.
A polícia de Pernambuco pediu apoio do FBI - a polícia federal americana - para investigar a venda ilegal de lixo hospitalar dos Estados Unidos para o Brasil.
- Muitas diligências estão sendo realizadas pelos adidos americanos e há possibilidade de vir para cá um representante do FBI - diz Wilson Damásio, secretário de Defesa Social de Pernambuco.
MP investiga empresa importadora
O Ministério Público do Trabalho em Pernambuco investiga a suspeita de que a mesma empresa têxtil pernambucana envolvida na importação irregular das toneladas de lixo hospitalar norte-americano empregava crianças nas fábricas. O inquérito instaurado nesta terça-feira pela procuradora do Trabalho Ana Carolina Ribemboim também servirá para que o Ministério Público apure os indícios de que a empresa Na Intimidade, que funciona com o nome fantasia Império do Forro de Bolso, não fornecia aos funcionários os equipamentos de proteção individual obrigatórios.
Segundo o ministério, ainda não há nada que prove que a empresa cometia as irregularidades trabalhistas, e os fatos serão devidamente apurados. Lotada em Caruaru e responsável por atender também às cidades de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama - onde dois galpões e uma loja da Império do Forro já foram interditados -, a procuradora Ana Carolina informou que teve conhecimento do fato por meio de boatos que circulam na região.
Em nota, a assessoria do Ministério Público divulgou que um morador de Caruaru disse em uma rádio local que seus filhos, menores de idade, trabalhavam na empresa. Um segundo entrevistado relatou que ao menos 13 funcionários da Império do Forro trabalhavam sem os equipamentos de proteção adequados.

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