O papel aceita tudo
Dilma recomenda heterodoxia aos europeus, mas o que tem garantido relativo equilíbrio e relativa capacidade de crescimento à economia brasileira é justamente o tanto de disciplina fiscal que o país conseguiu produzir
Blog do Alon
Quando veio ao Brasil, este ano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, precisou explicar aos eleitores dele que viajava para garantir negócios e gerar empregos americanos na América. Na do Norte, claro.
Pois o americano médio precisava entender por que Obama resolvera passear aqui quando tinha tanta coisa mais séria a tratar ali.
Os governantes conduzem as relações externas de olho na política interna. Quando desfilam do lado de fora continuam atentos à turma de dentro.
Pois a fonte de poder está dentro, não fora. Quem elege são os nacionais, não os internacionais.
Dilma Rousseff foi à Europa justo no pior (ainda que sempre possa piorar) momento da economia europeia. E tratou de discorrer sobre como não enfrentar uma crise.
Austeridade fiscal, por exemplo, não seria recomendável. Conduz à recessão, à perda de empregos, etc.
Esse discurso recolhe sucesso aqui dentro. Ainda mais quando acoplado ao desejo de vingança do oprimido.
“Agora vamos ensinar a eles como é que se faz. Bem diferente de quando eles vinham aqui nos dizer como fazer.”
Reconheçamos: o Brasil a-do-ra ficar repetindo isso. Digo o povo, e não só o governo.
Reconheçamos: o Brasil a-do-ra ficar repetindo isso. Digo o povo, e não só o governo.
Pois é mais fácil arrancar um país da condição colonial do que eliminar a cicatriz colonial da alma de um país.
Revelada também na necessidade compulsiva de se mostrar, em todo momento, acima dos outros.
Mas, e os fatos?
Leia a íntegra em O papel aceita tudo
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