terça-feira, 26 de janeiro de 2010


Estado atrasa o repasse de recursos para Hospital de Base

Além de enfrentar dificuldades crônicas para custeio das suas atividades, o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, que atende a pacientes de 121 municípios e sobrevive com R$ 1,5 milhão repassados mensalmente pelo SUS, também enfrenta o atraso no recebimento de recursos da Sesab. Em função do atraso da cota de dezembro, que deveria ter sido creditada até 15 de janeiro, os 600 funcionários e 70 médicos estão com salários em atraso.

Os servidores realizaram uma manifestação de protesto, nesta segunda-feira (25), em frente ao hospital, devendo na quarta-feira promover assembleia geral para deflagração de greve, o que pode afetar o atendimento de milhares de pacientes de Itabuna e região.

O presidente da Fundação de Assistência à Saúde de Itabuna, Antônio Costa, explica que a gestão do hospital enfrenta problemas decorrentes da carência de recursos, que não são suficientes para a manutenção e mesmo para a aquisição de equipamentos, muitos deles já sucateados e com mais de 10 anos de uso, além do atraso no pagamento dos médicos e funcionários.

Costa explica que o hospital, apesar das limitações econômicas, tem conseguido um bom índice de resolutibilidade e eficiência operacional, procedendo no ano passado a 7.075 internamentos, com 4.731 cirurgias, das quais 3.079 de emergência e outras 1.652 eletivas. No mesmo período, foram realizados 137.617 exames laboratoriais, 12.219 exames radiológicos e 76.346 consultas, das quais 44.272 no pronto-socorro, 23.462 ambulatoriais e 8.612 atendimentos de psiquiatria.

Segundo o diretor, os recursos da ordem de R$ 1,5 milhão repassados pelo SUS são insuficientes para a manutenção do hospital, com a produtividade que tem. “Além do mais, nós trabalhamos em regime de ressarcimento e os repasses são realizados sempre no mês subsequente ao da prestação dos serviços. Com isso, o dinheiro de dezembro, por exemplo, ainda não chegou, o que está gerando problemas”.

O presidente da Fasi explica que, apesar do atraso nos repasses, o vale-transporte de janeiro para os trabalhadores já foi liberado e, agora, a expectativa é para a liberação de recursos de dezembro. Os atrasos também afetam aos fornecedores do Hblem, que para repor estoques muitas vezes têm de efetuar compras em outras empresas, o que implica no aumento do seu endividamento.

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