quarta-feira, 22 de junho de 2011


Deputado defende fim da produção de tabaco no Brasil

Leonardo Prado
Audiência Pública: Questões ligadas ao tabagismo - Dep. Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), José Agenor da Silva (diretor da ANVISA) e Mônica Andreis (vice-diretora da Aliança de Controle do Tabagismo)
Raimundo Gomes de Matos (E) propôs o debate sobre tabagismo. 
O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) defendeu nesta terça-feira, em debate na Câmara, a erradicação da produção de tabaco no Brasil e propôs o plantio de outras culturas como forma de evitar prejuízos aos pequenos agricultores.
“O produto não faz mal só para quem o consome, mas também para quem lida com sua produção”, disse Gomes de Matos, autor do requerimento para a audiência pública que discutiu o tabagismo, na Comissão de Seguridade Social e Família.
De acordo com o parlamentar, a área econômica também precisa refletir sobre o assunto e analisar o custo-benefício entre o que é arrecadado com o produto – hoje, 80% do preço do cigarro são relativos a impostos – e o quanto é gasto com o tratamento de doenças decorrentes do tabagismo. ”Além disso, quanto vale a vida humana?”, indagou.
Gomes de Matos destacou ainda que a saúde dos produtores é afetada com os mais de três mil agentes químicos da folha do fumo. Nesse sentido, a migração para outras culturas poderia reduzir os malefícios.
Proibição do fumo
Já o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva, propôs na audiência a proibição do fumo em ambientes fechados em todo o País.
Ele ressaltou que apenas 7, dos 27 estados, adotam essa norma. "Está comprovado cientificamente que a fumaça é prejudicial a todos que convivem com ela e, principalmente, é altamente prejudicial para os trabalhadores em ambientes fechados."
José Agenor alertou que o tabaco é responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), e que o cigarro é o único produto legal a matar “ exatamente de acordo com as instruções do fabricante”.
Ele informou que Anvisa vai publicarr duas resoluções que implementam alguns pontos da Convenção-Quadro para o Controle de Tabaco, da OMS: a restrição da publicidade e a proibição da utilização de aditivos nos produtos derivados do fumo.
O objetivo das resoluções, explicou o diretor da Anvisa, é fazer com que o público adolescente tenha mais orientação sobre os perigos do cigarro. “Queremos mostrar que esse é um hábito que pode levar à morte."

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