O vereador Wenceslau Júnior promete mobilizar a sociedade contra a venda da Emasa
Indignado com as notícias de que a Emasa estaria sendo vendida (privatizada ou através de PPP), o vereador Wenceslau Júnior (PCdoB) vai requerer a convocação do presidente da Empresa de Saneamento de Itabuna (Emasa), Alfredo Melo, e do prefeito Capitão Azevedo para prestar esclarecimentos na Câmara.
Segundo Wenceslau, a Emasa é um patrimônio do povo de Itabuna e uma empresa viável do ponto de vista econômico, bastando que tenha uma boa gestão. Para ele, o que não pode é ser administrada com desvio de finalidade, se transformando num “cabide de emprego” ou num antro de corrupção.
No entender do vereador comunista, além de uma boa gestão, a Emasa é uma empresa que presta um serviço público essencial e com finalidade eminentemente social. “Um das distinções desse serviço é o preço social, ou público, diferenciado em cada categoria de consumidor. Quem consome mais, paga mais”, propõe.
COBRAR DOS GRANDES
Para o vereador, o correto é a Administração Municipal, maior acionista da Emasa, aumentar o nível de eficiência da empresa, oferecendo um serviço de qualidade e impondo limites de gratuidade, bem como cobrando dos ‘grandes que não costumam pagar as contas’.
O vereador diz, ainda, que pelas informações recebidas, a Emasa vem sendo recuperada, embora necessite de uma administração mais transparente e participativa, no sentido de elaborar um plano de prioridades. “Além de oferta a água para toda a população, a Emasa também tem que tratar os esgotos, deixando de poluir o rio Cachoeira, o que é um crime ambiental”, aponta.
MOBILIZAÇÃO
Wenceslau Júnior lembra que esta não é a primeira vez que um prefeito tenta vender a Emasa, mas que sempre que isso acontece é repelido pelo povo. “Estamos atentos a esse tipo de negócio, que não serve à população e atende apenas aos interesses de grandes grupos econômicos e a ‘meia dúzia’ de pessoas gananciosas. Vamos mobilizar a Câmara e a população para dar uma resposta à altura a essa gente”, prometeu.