Wagner manda um duro recado aos produtores de cacau do sul da Bahia

E foi além na dureza do recado. Wagner afirmou que “tudo tem um limite” e que vencido o novo prazo para a renegociação das dívidas – 30 de junho de 2011 – será praticamente impossível se prorrogar por mais tempo. “A condição que estamos oferecendo pode não ser ideal, mas é excepcional. Nenhuma outra lavoura conseguiu isso”, afirmou o governador da Bahia, acrescentando que não se pode pegar este débito da cacauicultura e jogar numa lata de lixo, como querem alguns produtores que defendem a anistia. “Dinheiro público não é um dinheiro que você toma agora e depois diz que não vai pagar. Era assim. Não é mais. Agora tomou, tem que pagar. Se não pagar tem que ter uma explicação. Não pode ser banda-voou por que o dinheiro não é meu”, disse Wagner.
O prazo de renegociação das dívidas dos produtores de cacau, havia sido encerrado em dezembro do ano passado e foi, agora, novamente prorrogado. Os produtores beneficiados com a MP 500 terão oito anos de carência e prazo de 20 anos para quitar a dívida da renegociação. Além de prorrogar o prazo de renegociação, a medida amplia os descontos e inclui mais três mil produtores. A aprovação de mais um prazo foi motivo de muito esforço e entendimento entre todos os setores envolvidos sob o comando do governo estadual.
Em Ibicaraí, Wagner participou da solenidade de inauguração da primeira fábrica de chocolates finos do Brasil comandada por agricultores familiares. Para um público formado essencialmente por pequenos produtores e políticos, o governador da Bahia disse que a lavoura cacaueira está em plena recuperação. Lembrou que, este ano, se comparado ao ano passado, representou um aumento de 40 por cento da produção. “Nos bons tempos chegamos a produzir 400 mil toneladas. Depois caímos para 50 mil. Agora, fechamos o ano, com uma produção estimada em 160 mil toneladas de amêndoas de cacau”, destacou.
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