sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Líderes do governo e do PT dizem que traições petistas serão avaliadas

Diógenis Santos
Paulo Teixeira: bancada decidirá sobre os que votaram contra o governo.
Os deputados petistas Eudes Xavier (CE) e Francisco Praciano (AM), que votaram na sessão de quarta-feira (16) contra a proposta de salário mínimo do Executivo (R$ 545), serão chamados para se explicar diante da bancada, informou o líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP).
Na avaliação de Teixeira, “esses dois deputados ficaram à margem da bancada e essa postura terá repercussões no partido”. Ele acrescenta: “Eu prefiro não antecipar essas repercussões porque não é uma decisão do líder, mas uma atitude coletiva da bancada.”
Para o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), os dois parlamentares “cometeram um equívoco grave” que será analisado pelo partido. “Eu acho que esses deputados já devem estar com a consciência pesada, mas o que vai ser feito sobre isso é discussão de partido e não do governo”, ressaltou o líder.
Segundo Teixeira, os petistas que faltaram à sessão também serão chamados para explicações. Ele adiantou que alguns deputados estavam em missão oficial e outro teve de passar por uma cirurgia e, por isso, terão a falta justificada.
Dissidências minimizadas
As dissidências de partidos da base, por outro lado, foram minimizadas pelo líder do governo, especialmente em relação ao PDT. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) chegou a apresentar uma emenda contrária ao texto do governo, propondo um salário mínimo de R$ 560.
Estima-se que cerca de 16 deputados dos partidos da base aliada votaram contra a orientação do governo, que obteve mais de 300 votos favoráveis nas três votações nominais que enfrentou na noite de ontem.
Segundo Vaccarezza, “as dissidências foram residuais e serão tratadas como uma questão secundária”. Ele destaca ainda que, “anunciado como problema da votação, o PDT foi, na verdade, parte das soluções, já que o governo obteve a maioria do partido”.

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