O governador Jaques Wagner tem razões de sobra para encabeçar uma campanha a favor do Porto Sul.

O IBAMA emitiu um parecer técnico onde evidencia diversas falhas no projeto da empresa do Cazaquistão (BAMIN).

O documento, redigido por cinco analistas ambientais, questiona o projeto de maneira contundente e avisa: o número de empregos que o porto vai gerar na fase de operação (450) não corresponde à expectativa que gerou na opinião pública regional.

A empresa do Cazaquistão recebeu o parecer contrário e procurou escondê-lo debaixo de sete chaves. A expectativa dos executivos é que a força política sobreponha o conhecimento técnico e científico. Entretanto, a posição do IBAMA municiou os ambientalistas para uma longa disputa no judiciário.

Wagner já empenhou seu prestígio, certo de que a presidenta Dilma não o deixará na mão.

O problema é que fora da Bahia, a luta contra o empreendimento se fortalece cada vez mais, atraindo o interesse de figuras de expressão internacional.

Esses temores justificam o clamor de Wagner na Assembléia Legislativa, onde pediu apoio incondicional ao Porto Sul.