Poe(Cachoeira)meu
O que
me importa a rima
Se o
seu curso jaz em agonia
O que
me importa a métrica
Se o
primeiro toque do réquiem já ecoou no tempo.
Sem
esquife o seu curso jaz coberto pelas baronesas e
Pelos
dejetos nossos de cada de dia, derramados em seu leito como se prantos fossem.
Em
vida, plenos sempre cantados em versos e prosas pelas almas sensíveis.
Hoje na
morte tu és tombado pelos antes inteiros ambientalistas, sem nenhum vintém, sugam
o seu último suspiro com falsos remédios paliativos.
Como em
Ladainha entoemos
Rio
Cachoeira, rio dos ribeirinhos Rogai por nós
Dos
pescadores amém.
Rio das
lavadeiras usando o anil Rogue por nós
Rio das
peladas nas margens amém
Rio
testemunho dos amores e tragédias perdidas no tempo Rogue por nós,
Rio das
estórias dos pescadores e outros mentirosos mais amém
Preciso
de uma pausa (um fôlego)...
Não fui
criança do Rio Cachoeira
Mas ao
contemplá-lo sinto a energia do curso da história em busca do Mar...
Cláudio
da Luz
22.05.2010
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