segunda-feira, 17 de maio de 2010


Poe(Cachoeira)meu

O que me importa a rima
Se o seu curso jaz em agonia
O que me importa a métrica
Se o primeiro toque do réquiem já ecoou no tempo.
Sem esquife o seu curso jaz coberto pelas baronesas e
Pelos dejetos nossos de cada de dia, derramados em seu leito como se prantos fossem.

Em vida, plenos sempre cantados em versos e prosas pelas almas sensíveis.
Hoje na morte tu és tombado pelos antes inteiros ambientalistas, sem nenhum vintém, sugam o seu último suspiro com falsos remédios paliativos.

Como em Ladainha entoemos
Rio Cachoeira, rio dos ribeirinhos Rogai por nós
Dos pescadores amém.
Rio das lavadeiras usando o anil Rogue por nós
Rio das peladas nas margens amém
Rio testemunho dos amores e tragédias perdidas no tempo Rogue por nós,
Rio das estórias dos pescadores e outros mentirosos mais amém

Preciso de uma pausa (um fôlego)...
Não fui criança do Rio Cachoeira
Mas ao contemplá-lo sinto a energia do curso da história em busca do Mar...

Cláudio da Luz
22.05.2010

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