FINADA ESCOLA DE COMÉRCIO. RESSUSCITA-ME!
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| Ruínas da Escola de Comércio - Itajuípe-Bahia |
Lembro-me garoto nas manhãs dos dias de 7 de setembro. A cidade acordava as 05:00h da manhã. Nas noites de véspera do grande dia, um tremendo alvoroço do alunado nas casas das diversas costureiras e alfaiates da cidade em busca dos fardamentos novos e uniformes para o grandioso desfile do DIA 7 DE SETEMBRO, todos queriam estar garbosamente apresentáveis.
Vinha gente das cidades circunvizinhas assistir aos desfiles daqui da cidade de Itajuípe. Era o ponto máximo do civismo. ERA BONITO DE SE VER! A disputa saudável para aferir por exemplo: Qual era a melhor banda marcial? Qual o colégio que tinha os mais bonitos uniformes? Qual era a mais linda baliza da linha de frente da escola no desfile?
Quão era satisfação ver a alegria nos rostos dos educadores e educadoras: Dra. Lourdes Pinillos, Profa. Lucinha, Prof. José Gomes de Sá – O PASTOR, Prof. Litinho (O baluarte da Educação Física), Profa. Ângela, Profa. Odília, Adilson (com sua maestria frente a banda do CEPDV), Doutorzinho (com sua corneta), Profa. Minalva (se descabelando com os bagunceiros nas fileiras do desfile), Dadinho e sua turma nas caixas de repique e marcação. TUDO ERA UMA FESTA SÓ!
Finada Escola de Comércio, por suas escadas desceram e subiram alunos abnegados aos estudos, sonhando com um amanhã melhor. Hoje, vemos e sabemos de registros de ilustres advogados, Contabilistas, Professores, exímios profissionais nas várias áreas que se propuseram.
Grandes mestres passaram por alí e deram suas contribuições: Prof. Solon, Prof. Raimundo Lins, Prof. Manoel Isidoro, Prof. José Gonzaga, Prof. Ivan Gonzaga, Prof. João Clímaco, Prof. Alberto Nazaré, Prof. Wanderley Campos, Prof. João Agnaldo e outros que ora me foge o pensamento.
Hoje o que vemos e deparamos? Ruinas de um Educandário. Educandário este que oportunizou a famílias de modestos trabalhadores a educarem seus filhos, com chances de galgarem profissões, todos educados na mais perfeita ordem e civismo. Histórias de vidas e sonhos debaixo do limo e escombros.
Porque triste fim lhe destinaram os insensatos? Pobre Escola de Comércio.
“O amanhã talvez será jamais...”, já dizia o poeta cancioneiro Caetano Veloso.
Autor – Luiz Claudio C. Batista
Itajuípe-Ba., 29/07/2011

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