segunda-feira, 19 de março de 2012


Alhos & Bugalhos
Correioitajuipense.blogspot.com alcança 50 mil acessos
 

Sem precisar manipular o contador que registra os acessos ao blog, o correioitajuipense.blogspot.com alcançou nesta última semana a marca de 50 mil acessos em suas publicações.
Os números alcançados é uma demonstração da confiabilidade das matérias postadas, que procuram de uma forma consciente informar a todos os que acessam informações de primeira linha.
A equipe do correio e do alhos & bugalhos agradecem a todos que acessaram o blog, e firmam mais uma vez o compromisso de continuar na mesma linha editorial que mantém desde junho de 2009 quando iniciou suas publicações na web. (foto internet)

Céu de Brigadeiro
 
Longe das polemicas sobre a Ficha Limpa, a pré-candidata Gilka Badaró (foto), tem transmitido aos seus correligionários a legalidade de sua postulação ao cargo de prefeito do município.
Gilka confirma que sua candidatura tem total respaldo legal, e que, tem em suas mãos certidões que confirmam a normalidade de sua situação frente à justiça.
Para Gilka, os desesperos de alguns postulantes, chegam a ser ridículos, uma vez que, ela hoje está preocupada em mostrar o que tem de melhor para ajudar Itajuípe sair do marasmo administrativo em que se encontra. (Foto - itajuipeonline)
Carta aberta ao governador da Bahia
 
Prezado governador Jaques Wagner,
Eu me chamo João Francisco, sou cidadão brasileiro e passei o carnaval em sua terra. Maior herdeira da cultura africana no Brasil, a Bahia possui nosso melhor carnaval. É indescritível subir a ladeira do Curuzu com o Ilê Aiyê e ir atrás do trio (sem cordas) elétrico.
Mesclando Ialorixás e Babalorixás, Salvador resgata o ritmo dos tambores africanos, o molejo de quadris negros prenhes de sensualidade e, infelizmente, a não integração de raças e classes que marca essa terra de carnavais, malandros e heróis.
Sendo o Brasil um país chagado pela desigualdade em todas as suas dimensões, o carnaval é nossa esperança de redenção, o símbolo cultural que alimenta a transformação do utópico em tópico. O carnaval é, “pelo menos”, símbolo (e nenhuma revolução se fez sem a energia do simbólico) da igualdade e da integração de raças e classes, de povos e culturas.
Governador, venho lhe pedir que intervenha para reverter esta privatização do carnaval baiano ocorrida nos últimos anos. O senhor entrará para a história como estadista, este tipo de homem público raro nos dias atuais: alguém que antecipa o futuro, denuncia nossa anestesia social e resgata elevados princípios éticos como balizadores das políticas públicas.
O carnaval na Bahia foi privatizado. Certa vez escutei atônito um famoso cantor baiano dizer em uma entrevista televisiva: “A invenção das cordas no carnaval foi uma ideia extraordinária de privatização elaborada por nossos empresários”.
Na aparência, parece ser uma boa ideia, pois dilui os custos de financiamento dos blocos e gera (sub) empregos para os cordeiros.
Na essência, cria um custo moral, para a sociedade, e financeiro, para o estado, inaceitável.
Moralmente, é inadmissível a separação imaginária entre brancos incluídos e negros pobres feita pelas cordas.
Além de termos mais de um século de assinatura da Lei Áurea, temos o exemplo vivo de Martin Luther King a nos iluminar.
Se a linha que separava negros e brancos nos bancos de ônibus nos EUA de 1950 era imaginária, no Brasil ela toma a forma de uma corda de bloco carnavalesco em pleno século XXI.
Financeiramente, representa um custo oneroso para o estado. O carnaval em Salvador ocorre em ruas públicas, com o aparato policial do estado mobilizado e ampliação considerável das brigas de rua motivadas pela desigualdade exposta. A consequência, além da intervenção mais pesada da segurança, é também o aumento das internações hospitalares financiadas pelo SUS.
Será que em outros municípios complicados em termos de segurança pública como Rio de Janeiro, Recife e Olinda, onde o carnaval de rua impera sem corda, há tanto incremento da violência?
Governador, desigualdade revolta. Legitimar este escárnio, como fazem as cordas dos blocos baianos, gera custos orçamentários para o estado da Bahia nas rubricas de segurança e saúde pública.
Proibir o uso de cordas em espaços públicos, além de ser uma política pública promotora da igualdade social e racial, pode gerar uma economia considerável para o estado da Bahia.
O papel do pensamento crítico e progressista, de Marx aos frankfurtianos, sempre foi evidenciar esta contraposição entre aparência e essência. A ideologia, como falsa consciência da realidade, dificulta nossa visão sobre a essência. Tornar o espaço público do carnaval uma esfera privatizada transforma relações culturais de gratuidade e integração sócio-racial em mercadorias fetichizadas.
Na formulação de políticas públicas, uma armadilha precisa ser desarmada: a tentação de sempre sobrepor a lógica da eficiência à lógica da legitimidade.
Se o mercado encontra-se na esfera privada e precisa ser eficiente, a política está na esfera pública e precisa ser legítima. O carnaval de Salvador ocorre em um espaço público, portanto passível de regulação do Estado. Privatizá-lo com cordas significa sobrepor o interesse de grandes grupos “artístico(?)-comerciais” ao interesse da maioria da população.
O papel de um homem público progressista é construir as bases de uma nova legitimidade, pautada na essência e não na aparência. E a essência do carnaval é a integração de raças e classes.
Alguns dirão que é a privatização do carnaval na Bahia que possibilita a pipoca existir sem custos. Balela! Afinal, a existência de cordas remonta às últimas décadas, ao passo que o carnaval soteropolitano remonta aos últimos séculos.
É legítimo que os blocos ganhem dinheiro com patrocínio (como já fazem os blocos sem cordas), com incremento de financiamento do poder público e com os camarotes que podem oferecer um serviço diferenciado.
O que é inaceitável é a privatização do espaço público feito pelas cordas, concretizando o racismo como exemplo e tornando a desigualdade brasileira um escárnio a ser celebrado.
Governador, todo processo de mudança inicia-se com a sensação de que algo está errado. No inicio, como a opressão está legitimada, ela toma a forma de algo “normal”. Aos poucos, uma minoria trava um debate ferrenho para tentar mostrar a anormalidade da suposta “normalidade”. Com o tempo, o movimento de mudanças ganha força e esta se torna inevitável.
Vejamos o debate, no Brasil pré-republicano, entre abolicionistas e escravocratas. Os primeiros eram uma minoria que ganhou força com a inevitabilidade das mudanças. Da Lei do Ventre Livre, incrementalmente, chegamos à Lei Áurea.
Torço para que esta carta aberta chegue ao senhor, governador. Tenha a coragem e disposição para enfrentar os grandes interesses comerciais que privatizaram nossa maior festa de integração social e racial. Antecipará o futuro! Afinal, toda corda possui um pouco de navio negreiro.

João Francisco Araújo Maia é mestre em Ciência Política pela UFPE e especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental

Romário prevê 'maior roubo da história' para Copa-2014

 

Integra da Carta Aberta do Deputado Federal Romário
"Tem coisas que só existem no nosso País, ou melhor, só acontecem no nosso País. O presidente da FIFA vem ao Brasil e se encontra com a presidente Dilma. Até ai perfeito! Nesse encontro estão presentes Aldo Rebello, ministro dos Esportes, ok; Pelé, embaixador honorário do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, ok; Ronaldo, conselheiro do Comitê Organizador Local (COL), ok. Só uma pergunta: qual dessas pessoas tem a ver com a Lei Geral da Copa?
Nenhuma. O presidente da comissão da Lei Geral da Copa, Renan Filho, não estava lá. O relator da Lei da Copa, Vicente Cândido, também não. O presidente da Casa onde será votada a lei, Marco Maia, também não estava presente. E muitos outros que tem muito a ver com a Lei Geral da Copa, não estavam presentes. Na minha concepção de político, a política vai de mal a pior. E o povo tem total razão de reivindicar e cobrar principalmente mais seriedade e responsabilidade das pessoas que tem autonomia para decidir coisas importantes como essa (Copa do Mundo).

Não vou me aprofundar muito, mas é uma pena, ouvir nas rádios, ver na TV, abrir os jornais e ler que o governo federal se uniu a FIFA para que a Copa do Mundo seja a maior de todos os tempos. Uma mentira descabida! Não será a melhor e nós vamos passar vergonha. Se continuar acontecendo coisas erradas e estranhas como esse encontro do Blatter com pessoas que não são ligadas a Lei Geral da Copa, ela será uma merda. E o governo federal está enganado o povo. E a presidente Dilma está sendo enganada ou se deixando enganar.
Brasileiros, continuem cobrando e se manifestando porque essa palhaçada vai piorar quando tiver a 1 ano e meio da copa. O pior ainda está por vir, porque o governo deixará que aconteçam as obras emergenciais, as que não precisam de licitações. Ai vai acontecer o maior roubo da história do Brasil. Ai eu quero ver se as pessoas que apareceram sorrindo na foto durante a reunião de ontem vão querer aparecer. Esse Brasil é um circo e os palhaços vocês sabem bem quem são." (Do Agência Estado)

UM POUCO DE HISTÓRIA

Quinto dos infernos

No Brasil Império, o país pagava a Portugal um imposto chamado "Quinto". Era assim: a coroa portuguesa levava 20% (1/5) sobre tudo que era produzido aqui. A taxação era considerada escorchante pelos brasileiros. Daí surgiu o apelido de... “Quinto dos infernos” para o imposto.
Pois, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a carga tributária do brasileiro está em 38% - ou seja, quase dois quintos dos infernos.

Por Hoje é só. Vou bater o martelo.

  Viva Fellype Gabriel
Ponto Final. (Redação o Bolso do Alfaiate)

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