Wagner não se compromete com regiões e lideranças
Ao ser empossado para o segundo mandato, o governador da Bahia, Jaques Wagner, não fez promessas regionais e seu discurso, basicamente, tratou das realizações passadas, em grande parte com recursos federais.
Poucos temas mereceram destaque, a exemplo da segurança pública, considerada o “calcanhar de Aquiles” do governo. Neste setor, o governador prometeu rigor para coibir as práticas criminosas, respeitando a cidadania.
O Sul da Bahia também recebeu menção, ao abordar o Complexo Intermodal Porto Sul, com a construção de porto, aeroporto e ferrovia, um sonho de 50 anos do engenheiro Vasco Neto.
O Complexo Intermodal, em que pese o esforço do governador Jaques Wagner, possui investimentos federal e privado. Nesse caso, o Governo do Estado investiu influência para conseguir superar barreiras (e não foram poucas) para que o empreendimento possa ser concretizado.
Com isso, Jaques Wagner não se compromete com nenhuma região ou lideranças políticas. No caso de Ilhéus, ficou de fora do discurso a construção da segunda ponte, promessa feita durante a campanha eleitoral. Já a ponte Salvador Itaparica foi objeto de destaque.
O Sul da Bahia, especialmente a região cacaueira deve se contar com o Complexo Intermodal, mas a região Extremo Sul ganha investimentos na duplicação da BR-101, ligando Eunápolis à divisa do Espírito Santo. A mesma rodovia será duplicada entre Feira de Santana e a divisa de Sergipe (novamente recursos federais).
No mais, o Sul da Bahia continua sem expressão junto ao Estado e União, haja vista a falta de lideranças compromissadas com o desenvolvimento regional, embora muito preocupadas com questões paroquianas. Mais uma vez, o grapiúna é preterido e pouco caso faz disso.