Ao empossar o novo secretário da Fazenda, Geraldo Pedrassoli, servidores da Prefeitura de Itabuna (do quadro permanente e comissionados) respiraram aliviados e agora acreditam que o município pode tomar outro rumo.
Há quem diga que Burgos perdeu ganhando, mas não é esse o sentimento no Centro Administrativo Firmino Alves, dadas as condições e os motivos de sua saída da poderosa pasta, detentora da chave do cofre.
Não é fuxico e todos conhecem como ele conduziu a Fazenda Pública Municipal, pagando as contas que queria, jogando em baixo do tapete as que acreditavam ser de pessoas que não eram do seu convívio. Isto é fato.
Essa atitude provocou grande desconforto no prefeito que, aos poucos, foi ouvindo pessoas e elaborando um plano para se desfazer do “grande colaborador”, que tanto gosto tomou pelo cargo.
Conduzido à pasta de Assuntos Governamentais e Comunicação Social, perdeu esta última, que continua com o jornalista e cerimonialista Ramiro Aquino, detentor da confiança do prefeito e daqui pra frente assessor especial de Comunicação.
Burgos não perdeu só a chave do cofre, mas também o teto, haja vista não ter espaço físico no prédio do Centro Administrativo, apesar da Secretaria de Governo servir de antessala do gabinete do prefeito, por se tratar de um cargo com status de primeiro-secretário, se é que assim pode se chamar.
Pelo andar da carruagem, perdeu prestígio (se é que tinha), perdeu competências, perdeu até o gabinete. Ainda não se pode dizer que o governo ganhou com sua saída da Fazenda, pois ainda permanece no primeiro escalão, embora com asas cortadas.
De certa forma, ganha o governo com a entrada de Geraldo Pedrassoli na Fazenda, cargo por onde passou por diversas vezes e por esse motivo é lembrado como um exemplo a ser seguido. A figura de Pedrassoli está acima de discussões e empresta dignidade aos cargos e instituições pro que passa, sem pompas e alardes. Como deve ser um servidor público.
Na troca de comando não se ouviu choro nem lamentações, a não ser de meia dúzia de apaniguados, hoje todos sem acesso a senhas das contas bancárias, poder inebriante para os que não merecem participar dele.
E assim segue a vida. “Morre o cavalo a bem do urubu”, como diziam os mais velhos.