de Itajuípe por unanimidade de votos da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia. O TJB manteve a decisão da Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Itajuípe.
Com isso, está confirmado o julgamento de Anderson Gonçalves dos Reis, Alex de Paula Silva e José Américo dos Reis Filho. Os desembargadores mantiveram as acusações contra os três que, desde março de 2007, estão presos no Conjunto Penal de Itabuna.
Eles são apontados como responsáveis pelos assassinatos de três mulheres e duas crianças no dia 3 de março, no Sítio Vontade de Deus, em Itajuípe.
De acordo com o Ministério Público Estadual, os réus confessos Anderson Gonçalves dos Reis e Alex de Paula Silva já apresentaram três versões para os crimes, mas o primeiro depoimento é o mais consistente.
Os detalhes narrados pelos dois bateram com o trabalho da perícia e os demais elementos que constam no inquérito policial. Você pode ler entrevista exclusiva de A Região com a dupla em nosso site, www.aregiao.com.br/chacina.htm
Eles indicaram, por exemplo, todas as armas utilizadas para cometer os crimes. Os acusados contaram que as duas crianças foram afogadas em um tonel e depois asfixiadas. As demais vítimas foram mortas a golpes de faca e tiros.
Mandante
Eles contaram à policia que os assassinatos foram encomendados por José Américo dos Reis Filho, que tinha uma relação extraconjugal com uma das vítimas, Ediane Duarte de Souza.
Da relação clandestina, nasceu José Américo Duarte Júnior, que na época da chacina tinha 5 anos. Américo encomendou os crimes para livrar-se de supostas chantagens feitas pela amante, disseram.
Além de Ediane e Júnior, os criminosos assassinaram Leidilaura da Paz Santos, Geisa Silva Santos e seu filho, Pedro Henrique dos Santos Cruz, então com três anos. As mulheres e a criança, segundo os acusados, foram assassinadas por visitar Ediane no dia da chacina.
A polícia apontou como motivação dos crimes o fato da amante de José Américo saber demais sobre os desfalques que ele vinha dando na Petrobras, em Itabuna, onde exercia um cargo importante.
Uma das empresas que prestavam serviços para a estatal foi apontada como responsável por uma grande movimentação financeira na conta de Ediane.
José Américo estava na Petrobras há 19 anos e, por isso, tinha poder para tomar algumas decisões. Ele é o único que negou envolvimento com os crimes desde o início, mas foi apontado como mandante por Anderson e Alex.
Será marcado nos próximos dias o julgamento dos três pelos cinco assassinatos e é provável que o advogado de José Américo, Cosme Reis, peça a transferência do júri para Salvador, pois os crimes causaram uma grande comoção no sul da Bahia.
A próxima etapa será o da seleção das pessoas que podem atuar como jurados. (Fonte.: www.aregiao.com.br)
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