quinta-feira, 26 de maio de 2011


ERA INOCENTE

Liberdade, liberdade

"Não fui eu, doutor". Talvez essa seja a frase mais dita por quem vive atrás das grades. Quem ouve, duvida. E Mário Cirlei Brito, um pedreiro que mora no Rio, sabe bem disso. No ano passado, quando buscou atendimento em um hospital na Baixada recebeu curativos e, logo em seguida, uma voz de prisão:
- O senhor está sendo procurado há anos. Condenado por roubo!
- Não fui eu, doutor!
Foi em vão. Ele acabou levado para o Presídio Benjamim de Moraes, no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio. Mas Mário Cirlei falava a verdade. Não tinha roubado nada, muito menos sido condenado. É que em 1998, Ronaldo Francisco da Silva, do Morro Azul, no Flamengo, foi preso roubando e apresentou uma identidade falsa com a foto dele, mas com os dados do pedreiro. O bandido foi condenado e cumpriu pena de 1999 a fevereiro de 2002, quando teve direito a passar um dia fora da cadeia. Saiu e não voltou mais: morreu um mês depois.
Mas o nome de Mário Cirlei permaneceu no sistema: foragido! Foi preso ano passado e ficou um ano e três meses atrás das grades. O defensor público Antônio José Sampaio Santos acreditou na frase "não fui eu, doutor" e, depois de muito trabalho, conseguiu provar o engano. Mário Cirlei, enfim, foi solto.... no último dia 18. (ancelmo.com)

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