quarta-feira, 11 de novembro de 2009

De volta a Itajuípe, lutador investirá em MMA

Nocaute retorna ao sul da Bahia, depois de oito meses na Suíça, com o objetivo de conquistar títulos no Vale Tudo nos Estados Unidos

O atleta de Muay Thai, Wadson Teixeira, mais conhecido como Wadson Nocaute, retornou a cidade de Itajuípe na semana passada, com o objetivo de ingressar no Mixed Martial Arts (MMA) ou Vale Tudo. O lutador passou oito meses na Suíça, com a finalidade de ser reconhecido internacionalmente, participando de campeonatos na modalidade esportiva tailandesa. No entanto, o retorno financeiro não foi satisfatório para o atleta, que agora investirá em treinamentos de Jiu-Jítsu, com o professor Joaquim Messias, da equipe Kimura, de Itabuna, para participar de competições nos Estados Unidos.

O itajuipense já é veterano no Muay Thai e compete desde os 15 anos de idade. Agora, com 27 anos, o atleta possui um cartel de 32 lutas, 29 vitórias, 16 nocautes e três derrotas na modalidade tailandesa. A partir da conquista do Campeonato Baiano da modalidade, em 2001, começou a lutar em outros estados do Brasil e conquistou dois títulos brasileiros no ano de 2003, em São Paulo, e em 2007, no estado de Porto Alegre. No entanto, a falta de patrocínio, do reconhecimento profissional, bem como o retorno financeiro insatisfatório o levaram a aventurar-se na Europa, em busca de melhores resultados.

No mês de março desse ano, o atleta viajou para Suíça, onde pretendia participar de competições nos países da Suíça, Tailândia e Holanda, visando ao sucesso na carreira. “Eu sonhava em lutar pelo mundo todo, em divulgar o nome lá fora, e consegui isso graças a Deus. Só que o reconhecimento financeiro não foi possível, já que o Muay Thai fora da Tailândia não é tão divulgado, assim como na Suíça, onde estou vivendo”, revela Wadson.

Dificuldades

Na Tailândia, uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo único representante baiano foi uma lesão muito profunda que sofreu na cabeça assim que enfrentou um atleta local. Já na Suíça, o atleta viveu e ainda enfrenta o drama do preconceito por conta de ser brasileiro, tendo que provar todos os dias para as pessoas daquela localidade a sua competência como lutador. “Todos os dias era obrigado a entrar em uma jaula e bater em alguém para provar que eu merecia estar ali, sem ganhar um centavo. Então foi muito difícil no início, mas graças a Deus a coisa aconteceu, eu bati em pessoas suficientes para provar que merecia estar ali. Hoje não reclamo de dificuldades financeiras, pois hoje tenho patrocínio”, conta.

Agora, o atleta estará se especializando na prática do Jiu-Jítsu já que pretende aprimorar as suas técnicas no chão, com o professor Joaquim, visto que, com a prática Muay Thai, o atleta ficou condicionado a investir em lutas em pé. “Estou migrando de vez para o Vale Tudo, e vou fazer um trabalho com Joaquim, que sempre foi o meu mestre de Jiu-Jítsu, que me preparou toda a parte de chão”, revela o itajuipense, que hoje ministra aulas de Muay Thai, para atletas que lutam Vale Tudo, em uma academia em Genebra, na Suíça.

No próximo domingo (15), Wadson segue para São Paulo em busca de um visto para participar de competições de Vale Tudo nos Estados Unidos. (Fonte Jornal Agora - online (www.agora-online.com.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alunos andam 5km até ônibus escolar em Itajuípe

alhos & bugalhos Alunos andam 5km até ônibus escolar em Itajuípe A vida do estudante da zona rural não é fácil. Muitas vezes, as dificul...