segunda-feira, 27 de julho de 2009


Itabuna comemora emancipação

(99 anos de força e maturidade)

A história de Itabuna está indissolúvel ligada a um eclesiástico Frei Ludovico di Livorno. Carismático, místico – consta que ele tinha poderes sobrenaturais - o ex-capelão do exercito de Napoleão chegou as terras grapiúnas em 1807. Sua missão catequizar os índios pataxós na famosa Vila de Ferradas. Missão difícil. Espinhosa. Ainda sabendo que muitas tribos indígenas eram descendentes dos selvagens antropófagos aimorés botocudos, raça onde predominava os instintos mais grosseiros e sanguinários. Frei Ludovico – conta a história – não desanimou como não desanimaram os primeiros desbravadores, Félix Severino do Amor Divino e Manoel Constantino. Anos mais tarde, viajando quilômetros a pé os pioneiros chegaram ao local onde denominaram “Marimbeta”, com o objetivo de instalar uma “Taboca” (roça). O ano era de 1857, cem anos antes de um desbravador – Iury Gagarin – desbravar o espaço para a corrida à lua.

Na época o cacau não sonhava em existir como cultura predominante. Os pioneiros faziam suas roças de subsistência e plantavam um pouco de tudo. O mestre Adonias Filho, em seu trabalho “A Civilização do Cacau”, explica que somente o atraso da colonização da capitania de São Jorge dos Ilheos – em virtude da agressividade dos índios – impediu a transformação da paisagem regional. O que a coroa portuguesa mais queria era a cana-de-açucar e por três séculos os donatários não conseguiram implantar a monocultura. Finalmente, diminuída as hostilidades, foi propiciada, já no século XIX, a arrancada para a cultura cacaueira.

A força econômica e política de Itabuna logo floresceu e muito antes do final do século passado já havia movimentos reivindicatórios levantando a bandeira da independência. Ilhéus, como convinha, não queria deixar. Aliás, até hoje, a política ilheense evita o desmembramento inevitável de Inema, Pimenteira e Banco Central, seus distritos mais distantes (e dos mais ricos). Finalmente “Tabocas”, como era chamada, foi elevada a categoria de cidade pela Lei nº 807 de 28 de julho de 1910. (Texto do itajuipense, Souza Lopes).

No limiar do seu centenário apesar da crise cacaueira que engessou o desenvolvimento econômico regional, Itabuna continua pujante e altaneira sendo pólo regional e hoje a metrópole do futuro. (Foto: site Jornal A Região)

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