domingo, 12 de julho de 2009


Juíza manda acusados de chacina a júri mas o processo ainda aguarda o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) por causa de um recurso da defesa. Mas as famílias das vítimas estão preocupadas. Elas temem que a defesa tente livrar os acusados durante o mutirão carcerário determinado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que teve início na segunda-feira, 6, em comarcas de mais de 20 municípios baianos, analisando os processos dos presos provisórios. A chacina que chocou Itajuípe e toda a região, ganhando repercussão nacional, ocorreu no Sítio Vontade de Deus, na zona rural de Itajuípe, em 3 de março de 2007, mas os corpos só foram encontrados três dias depois. Todos estavam amontoados dentro de um banheiro, em estado avançado de decomposição. O crime foi confessado por Anderson Gonçalves dos Reis, na época com 24 anos, estudante da FTC, e Alex de Paula Silva, 23 anos (no topo da foto). Os dois contaram, em detalhes, como mataram Ediane Duarte de Souza, 43 anos, seu filho José Américo Duarte Jr, 5 anos; Leidilaura da Paz Santos, 26; Geisa Silva Santos, 25 anos e seu filho Pedro Henrique dos Santos Cruz, 3 anos. Eles afirmaram que cumpriram ordem de José Américo dos Reis Filho (no meio), funcionártio graduado da Petrobrás, na época com 53 anos. Ele era engenheiro e Técnico de Inspeçao de Equipamentos e Instalações há 19 anos. A investigação levantou que ele pode ter desviado dinheiro da estatal para a conta de Ediane, com quem mantinha um romance extraconjugal. Segundo o inquérito policial, este seria um dos motivos do crime. Após cumprir o mandado de prisão temporária expedido pela Juíza de Itajuípe, Milena Oliveira, a polícia civil solicitou à justiça mandado de busca e apreensão dos móveis que estavam em poder de Luciana de Paula Silva, irmã de Alex de Paula. Confessaram Alex e Anderson, acusados de executar as vítimas com requintes de crueldade, com facadas, asfixia e tiros, alegaram arrependimento mas voltaram ao sítio para retirar peças como sofá, cama, cadeiras, aparelho de DVD, televisão, guarda-roupa, micro-system. Todas as armas apontadas pelos assassinos como sendo as utilizadas no crime foram enviadas para a perícia, que comprovou a veracidade nas informações. A confissão foi conseguida com exclusividade e ainda está em neste link Durante a investigação foram apreendidos documentos que mostram a existência de desfalque na Petrobras। A P&M Manutenção de Dutos era responsável por uma grande movimentação na conta de Ediane Duarte। Nosso departamento jurídico teve acesso a um dos cheques, com data de 27 de fevereiro daquele ano, de R$ 900,00. Outra empresa que está sob investigação é a Xavier S. & Silva, que também era prestadora de serviços da estatal. Nossa reportagem voltou a ouvir o promotor do caso, Yuri Lopes de Mello, que não acredita que os acusado sejam soltos durante o mutirão carcerário. “Não vejo irregularidades que permitam a soltura dos réus". "A demora na instrução está plenamente justificada, seja diante da complexidade da coleta de provas, seja porque algumas diligências foram requeridas pela própria defesa”. “De qualquer modo, os juízes do mutirão não podem soltar os presos provisórios de outras comarcas (como neste caso). Somente pode fazê-lo o juiz de Itajuípe e o Tribunal de Justiça. Como o processo já está no TJ, só ele poderá solta-los”. "JornalARegião"

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alunos andam 5km até ônibus escolar em Itajuípe

alhos & bugalhos Alunos andam 5km até ônibus escolar em Itajuípe A vida do estudante da zona rural não é fácil. Muitas vezes, as dificul...